quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

AS REVELAÇÕES DO CRÂNIO DE CRISTAL

VI – O Amor, a Música e Considerações Finais

“Não nos parece absurdo supor que os homens serão chamados, num futuro relativamente próximo, a “mudar de estado” como o alquimista lendário, a sofrer qualquer transformação. A menos que a nossa civilização desapareça por inteiro um momento antes de atingir o fim, como é possível que tenham desaparecido outras civilizações.” (in “Le Matin dés Magiciens” de Jacques Bergier e Louis Pawels).

Não nos parece absurdo supor que o ser humano irá encontrar meios de se superar a si mesmo e de superar os obstáculos que a ilusão da matéria lhe provoca. Para o Crânio de Cristal isso só poderá acontecer quando as mentes do Um se unirem e vencerem os “Filhos de Belial”.
Como será essa batalha, esse “armagedão” final? Com que armas as mentes do Um poderão vencer? Através da energia na sua mais absoluta pureza, a energia do amor. Para o Crânio, o amor é a energia no seu estado mais puro e poderoso. Explicando melhor, “Amor pertence à compaixão do ego espiritual. É a mais alta e mais clara vibração em sua forma mais potente. Energia usada para separar a forma grosseira material da espiritual. É a energia que foi e é usada para criar vida no nosso e em outros planetas.
Infelizmente parece que não soubemos usar essa energia para criar melhores condições de vida e tornar o planeta mais bonito. Diversificámos essa energia até ao ponto do seu potencial ter deixado de existir. Fragmentámo-la de tal maneira que deixou de ter utilidade para nós.
Evidentemente que estamos a falar de uma energia e não do sentimento ou da emoção a que nos habituámos a chamar amor. Este não vem da mente, é emocional e tem a ver com atracção, com desejo, com sentimento de posse, com a noção de se pertencer ao mesmo grupo, com a noção dos laços de sangue. Aqueles que já tiveram a percepção de que amor é algo mais do que nos habituámos a considerar, falam então do amor universal ou seja, o amor por todos os seres, pela Natureza, pelo Universo. Mas o amor, como energia na sua mais alta pureza, também não é isto, é algo que talvez só muito poucos de nós tenham conseguido alcançar. O amor universal talvez seja o primeiro passo para a compreensão da verdadeira essência dessa energia.
Quando esses seres superiores vieram para a Terra, a que chamam pequeno planeta escuro, comprometeram-se a trazer-nos conhecimento, entendimento, compaixão e aquela energia que chamamos de amor, para afastar a energia negativa que havia tomado conta do planeta. Manifestaram-se, mas só podiam existir na nossa atmosfera numa vibração de som e luz. O seu sustentáculo era o som, que nós conhecemos como música.
Houve muitos que decidiram tomar a 3ª dimensão e existir num corpo físico, mantendo a luz e o som (música) dentro deles. Mas ao fim de algum tempo em que tentaram sobrepor-se à baixa vibração e negatividade do planeta, não conseguiram permanecer na matéria e decidiram retornar ao seu estado anterior. Entretanto, deixaram na Terra a vibração sonora para que fosse aceite tanto pelo negativo como pelo positivo, pelo ser grosseiro e pelo ser do Um.
A música foi-nos trazida por várias almas que precisaram de se disfarçar para serem aceites pela sociedade do seu tempo, numa luta permanente entre o seu ser físico grosseiro e o Um que vivia dentro dele. Por isso, muitos compositores famosos tiveram terríveis provações para poderem sobreviver num meio de tão grande densidade e tiveram mortes prematuras, ou sofreram de graves doenças que os conduziu à morte.
De facto, mesmo no nosso tempo, músicos que nos deixaram excelentes composições musicais, deixaram esta vida prematuramente. Muitos dos grandes compositores clássicos morreram precocemente e alguns tiveram mortes trágicas. Por exemplo, Mozart definhou e morreu com 35 anos de idade; Bach foi acometido de apoplexia e cegueira; Schuman suicidou-se aos 35 anos de idade; com a mesma idade Schubert teve tuberculose. Tratava-se de almas que tiveram grandes dificuldades em sobreviver no meio denso da Terra e das convenções sociais. Mas a sua música continua a preencher um vácuo que muitos de nós sentimos, e, ainda que percebida essencialmente através das nossas emoções, não deixa de ser um bálsamo reconfortante para a nossa mente. Dizia-se que Bethoven compunha música para os anjos, mas Mozart era a música dos próprios anjos.
Para terminar esta série dedicada às revelações do Crânio de Cristal, vamos tecer algumas considerações finais de acordo com o nosso entendimento e na perspectiva de que são, como não podia deixar de ser, muito subjectivas.
A ideia com que ficámos acerca das revelações do Crânio de Cristal é a de que se trata de um emaranhado de questões, por vezes contraditórias e nem sempre compreensíveis, pelo que suspeitamos com alguma certeza de que muitas das revelações tiveram a influência dos conceitos existentes na mente da médium. Esta influência tem a ver com a noção hoje muito espalhada por vários círculos de que a Terra chegou à recta final da sua existência e de que a humanidade tem os dias contados. A história do calendário maia e da data fatídica de 21 de Dezembro de 2012 foi o ponto de ignição que incendiou as mentes de uma infinidade de profetas amadores que viram nisso a confirmação das suas duvidosas previsões. Trata-se de uma espécie de psicose colectiva em que as pessoas parecem viver ansiosas por algum acontecimento dramático que vivifique as suas vidas. John Buchan publicou em 1910 um livro sobre centrais de energia que segundo ele, determinavam o destino da humanidade. Assim havia a central da energia fascista, que deu origem ao fascismo nas suas várias vertentes, e a central de energia comunista, que originou os vários regimes comunistas. Talvez exista hoje uma central de energia que pretende conduzir-nos para um final dramático da nossa existência.
De facto, existe um sentimento geral de que algo está muito errado na nossa humanidade, a qual parece caminhar, resolutamente, para o precipício. Previsões horríveis acompanhadas da informação acerca dos meios de salvação são difundidas por todo o mundo através, especialmente, da Internet. Se fossemos religiosos diríamos que a Internet é obra do demónio, pois é um veículo exaustivamente usado por mentes alucinadas, ou que sofrem de algum distúrbio grave.
Nós também temos a noção de que algo está muito errado, mas não embarcamos no alarmismo. Como transcrevemos no início desta crónica, acreditamos que o ser humano possa superar a situação, mudando a sua maneira de ser, o seu comportamento, perante uma realidade que se vem tornando cada vez mais assustadora.
Acreditamos que já houve outras humanidades anteriores à nossa e que pereceram, talvez por problemas semelhantes aos que temos actualmente. Mas acreditamos também que esta humanidade está num ponto superior da espiral evolutiva, ou seja, que por se encontrar nesse ponto superior talvez seja capaz de encontrar soluções que outras não conseguiram. Se isso não acontecer, provavelmente esta humanidade terá o seu fim, para vir a ressuscitar mais tarde numa outra mais evoluída, num ponto mais elevado da espiral.
Mas nem todos os males que põem em risco a vida no planeta são obra humana. Ao longo dos milénios a Terra tem vivido num equilíbrio precário, que pode ser afectado por factores que não dependem da nossa vontade. Explosões solares e outros fenómenos siderais podem provocar alterações climáticas, provocando longas eras glaciais ou períodos de notável aumento das temperaturas médias. O campo magnético que protege a vida na Terra pode mudar, como já aconteceu algumas vezes e ninguém sabe quais as suas verdadeiras consequências. Podemos ser abalroados por algum objecto vindo do exterior, como um meteoro, com trágicas consequências para a sustentação da vida. Apesar de toda a tecnologia que desenvolvemos até hoje, não temos meios de defesa em relação a alguma destas situações.
A aquecimento global, o desmatamento, a poluição, contribuem para que as condições de vida na Terra se tornem cada vez mais difíceis e, apesar das boas intenções, não se vêem medidas concretas para reverter o processo. O abandono dos campos, a concentração em grandes cidades de uma população ávida de consumo, levando a violência a níveis exponenciais, transformam a Terra num deserto super povoado em que o crescimento da população e a exiguidade de recursos para a manter se tornam, na realidade, no principal problema que temos pela frente.
Para resolver a situação apareceu uma infinidade de soluções elaboradas por supostos médiuns e gurus: o comandante “Ashtar” vem aí com as suas naves para levar os “eleitos” para outro planeta mais evoluído, deixando a maioria restante perecer numa Terra moribunda; o nosso planeta entrou, ou está entrando, no cinturão de fotões das Plêiades e todos, mas todos, vamos nos elevar a uma dimensão superior, talvez com as hélices do nosso ADN aumentadas (!?) para doze; vem aí o “planeta chupão” que levará por arrastamento as almas danadas, deixando os bons viverem numa Terra libertada da influência dos maus elementos. Enfim, são milhares de textos com as teorias mais absurdas, nas quais, por incrível que pareça, as pessoas geralmente acreditam.
O que fazer então? Segundo o Crânio de Cristal o processo poderá ser revertido quando as mentes do Um se unirem. Acreditamos sinceramente que tudo poderá ser revertido, quando a humanidade o quiser, e se o quiser fortemente. Faço minhas as palavras de Teilhard deChardin: “Não há no universo coisa alguma que possa resistir ao ardor convergente de um número suficientemente grande de inteligências agrupadas e organizadas”.

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