quinta-feira, 22 de março de 2012

Cartas do meu sanctum - Peregrinação

- O que procuras, peregrino?
- Não sei, Mestre. Talvez a minha alma, que sinto perdida.
- Não procures fora o que não podes encontrar. Procura dentro de ti.
A peregrinação é uma prática, normalmente de natureza religiosa, que remonta aos primórdios da humanidade. Consiste essencialmente numa viagem a um local considerado sagrado. Essa viagem pode ser feita de vários modos, usando diferentes meios de transporte ou simplesmente a pé.
A verdadeira essência da peregrinação a um lugar sagrado implica um sacrifício, por isso as longas caminhadas a pé, exigindo do caminhante grande força de vontade para prosseguir através das dores do corpo e, quantas vezes, as da alma.
Existem no mundo numerosos locais de peregrinação, incluindo os centros marianos, sobre os quais falaremos em outra altura, quando abordarmos o culto de Ísis e das suas ramificações dentro do paganismo, até ao desembocar no culto mariano cristão.
No cristianismo os lugares de peregrinação mais conhecidos são Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. Neste último caso a tradição é anterior ao cristianismo, pois a região do cabo Finisterra foi sempre considerada um local sagrado desde a mais remota antiguidade. Jerusalém é simultaneamente um lugar sagrado para as três religiões do “Livro”, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo.
O local mais sagrado do islamismo é Meca, cidade procurada por milhões de muçulmanos na sua peregrinação anual. Outros locais, Jerusalém como já foi dito acima e Medina.
Outros lugares há no mundo que atraem essa vontade de os procurar, lugares sagrados por algum motivo, por uma lenda, pela força de uma aparição, por ser um lugar de suplício, por se acreditar que ali existe uma energia diferente, por se achar que ali existe uma porta para uma outra dimensão, enfim, os motivos são inúmeros e muitos desses lugares ganham de repente grande projecção por algum factor externo que os faz sair da obscuridade e serem procurados por autênticas multidões. A peregrinação a Santiago de Compostela ganhou um incremento extraordinário após a publicação do livro de Paulo Coelho, “O Diário de um Mago”. Neste caso, já não é apenas uma peregrinação religiosa, mas também mágica, onde acontecem coisas extraordinárias ao caminhante.
Mas essas coisas extraordinárias não acontecem somente ali, acontecem em todo o lado na nossa vida quotidiana, das quais mal nos apercebemos ou sequer lhes prestamos atenção. No entanto, se estivermos atentos, descobrimos que afinal a magia existe, que faz parte da nossa vida.
A verdadeira peregrinação, como diria o Mestre, é a peregrinação ao nosso interior. Para isso precisamos de nos centrar no nosso ser, sem influências externas que nos desviem o foco. O sacrifício que se exige ao caminhante de Santiago faz com que ele se centre em si mesmo, as dores do corpo e as feridas dos pés, mais o silêncio das longas estradas e das serranias, fazem com que ele se centre na sua pessoa, no verdadeiro ser que é.
Mas para a peregrinação ao nosso interior não precisamos das dores das grandes caminhadas. Pode ser conseguida, tranquilamente, através da meditação, no recolhimento num local tranquilo em algum lugar da nossa casa. Não deve ser uma meditação conduzida por outrem, mas uma meditação solitária, onde se possa, no segredo do coração, entrar em contacto com o nosso mestre interior, nosso verdadeiro guia ao longo da vida.
É difícil chegar lá. Às vezes são necessários anos de prática e muita coragem para ultrapassarmos os obstáculos que nos impedem de olharmos para o nosso verdadeiro “eu”, o principal dos quais é a nossa sombra, o lado mais obscuro do nosso ser, que temos de enfrentar e aprender a lidar com ele, porque ele faz parte intrínseca da nossa vida, é necessário à nossa vida assente na dualidade – não seria possível viver se fossemos só luz ou só sombra. Se não houvesse sombras os nossos olhos não conseguiriam distinguir nenhum objecto.
O verdadeiro peregrino é aquele que não precisa de locais externos mais ou menos sagrados. O verdadeiro peregrino é aquele que mergulha para dentro de si mesmo, em busca do anjo, do guia, do guardião, que eu prefiro chamar de mestre interior, com quem pode estabelecer um diálogo silencioso, aprendendo o que não pode aprender em nenhum manual, nem com nenhum auto-denominado mestre.
A vida é a grande peregrinação que nos foi sugerida no momento em que nascemos, queiramos nós aprender com os ensinamentos que ela nos oferece de graça.
Ad rosen!

Cartas do meu Sanctum - Ano Novo R+C

Neste Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte, ou do Outono, no Hemisfério Sul, inicia-se mais um ano R+C, será o ano 3365. Este número pode ser reduzido a 8 ou 17 (3+3+6+5=17=8).
Ambos os números correspondem a cartas importantes no Tarot. O número 8 é o Arcano maior denominado “Ajustamento” ou “Justiça”. Representa, esotericamente, as forças de equilíbrio do Universo, o “Caminho do Meio” e também, em algumas leituras, a “Consciência Crística”
O número 17 é o Arcano Maior chamado “A Estrela”, e à semelhança do número 8, representa a visão cósmica e global. É o princípio de renovação e consciência de integração no Universo.
Sabemos assim, por esta pequena análise dos Arcanos do Tarot, que este será um ano muito especial para a Ordem, provavelmente o inicio de um tempo em que comece a prevalecer uma maior consciência universal, uma renovação da nossa forma de encarar a vida no seu contexto alargado, global e universal, talvez a caminho da aquisição de uma consciência cósmica.
Estas lâminas do Tarot falam-nos de renovação e elevação da nossa consciência. Que melhor projecto para darmos as boas-vindas a esse Ano Novo, para o recebermos com alegria e certeza de que estamos a caminhar para uma melhor humanidade?
Renovação não significa negar ou destruir o que foi feito, pois muito foi construído com muita força de vontade e muito sacrifício. A renovação não é fazer de novo, é continuar a “Obra” que já vem de alguns milénios, desde o tempo em que Tutmés III governava o Egipto. Renovação é dar-lhe uma roupagem nova mas não desmerecer dos nossos ancestrais, daqueles que através dos séculos souberam preservar o conhecimento antigo e doá-lo a quem o merecesse receber.
Neste início de Ano Novo, para além das comemorações que muito acertadamente devem ocorrer, recolho-me no meu sanctum e procuro sintonizar-me com os Mestres e com a Egrégora, pedindo a sua bênção (porque não a sua presença?) para todos os rosacruzes que fazem desta via a sua senda espiritual.
Que a harmonia do número 3365 (8, 17) se estabeleça em todo o universo rosacruz, nos seus organismos afiliados, nas suas Grandes Lojas, e que os seus responsáveis possam dirigir os destinos da Ordem com harmonia (caminho do meio), com rigor, justiça e visão cósmica.
A todos os “trabalhadores” místicos, oficiais e membros dos organismos afiliados, membros de sanctum, o desejo sincero de um excelente trabalho e que todos possam colher benefícios espirituais.
Ad rosen!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Cartas do meu Sanctum - Pode haver uma religião sem Deus?

O mais interessante é que Deus, seja lá o que for que se entenda por este nome, não criou nenhuma religião. Da mesma forma, o cristianismo não foi criado por Cristo, o islamismo não foi criado por Muhammad (Maomé) e o budismo não foi criado por Buda. Foram os homens (em sentido literal) que criaram as religiões. O feminino não está presente, ou tem um papel diminuto, nas chamadas religiões reveladas. O mesmo não acontece com muitas das religiões pagãs.
Foram também os homens que criaram a imagem de Deus, algo parecido com eles, uma figura com que se pudessem identificar e pudessem usar para domínio dos outros homens. Portanto, este conceito de Deus é uma criação puramente humana e tem muito pouco a ver com a verdade. Isto já foi devidamente explicado à antiga Sociedade Teosófica que, apesar de toda a inspiração recebida, caiu no entendimento comum do conceito de Deus.
A ideia de alguma maçonaria e de algum martinismo de substituir o conceito de Deus pelo do Grande Arquitecto do Universo é mais correcta mas peca ainda por imperfeita. Procura-se aqui, com o abstracto, dar uma ideia mais inteligente do conceito, mas é em função dele que essa ideia é criada.
A ideia do budismo sobre Deus, ou a divindade, embora não reconhecendo Deus como tal, e a divindade como um ser, apesar do culto de numerosas divindades, é uma ideia semelhante à da Cabala, principalmente à da sua “Árvore Sefirótica” onde, acima de “Kether” (A Coroa) não existe nada, é o imanifestado, o incognoscível. Esta ideia cabalística coloca a questão sobre a existência de Deus em parâmetros mais correctos, quer dizer, que ninguém pode conceber Deus pois Ele é o inominável, o incognoscível.
O budismo fala do vazio, ou vacuidade, como origem de tudo o que foi e é criado. Embora parecida com a ideia do “Ein Soft”, onde nada é dito acerca de vazio, mas de imanifestado, no budismo diz-se que é vazio, e que do vazio tudo foi e é criado.
Mas o vazio ou vacuidade entende-se como ausência de tudo, inclusive de qualquer forma de energia. Ora se nada ali existe, como é que pode ser criada alguma coisa? Os rosacruzes sabem isto e conhecem muito bem a parte de um ritual em que é dito que das trevas nada pode ser criado, que é precisa a luz para que a criação aconteça.
Pode haver uma religião sem Deus? Claro que não, porque o conceito de religião, apesar do seu significado de “religar”, está intimamente associado ao da divindade, seja ela um deus único ou um panteão de deuses – a ideia é sempre a mesma.
Uma das coisas mais difíceis que existem na actualidade é fazer com que as pessoas, quando falam de Deus ou o imaginam, entendam que a ideia desse Deus é um arquétipo muito poderoso que domina as suas mentes e controla as suas vidas. Destruir esse arquétipo é uma tarefa impossível, uma vez que está tão arraigado na sociedade e cimentado em inúmeros séculos até um passado remoto. Tarefa tão impossível que, em algumas ordens iniciáticas, apesar de se afirmar que o entendimento de Deus está no interior de cada um, o arquétipo permanece ligado à imagem arquetípica. Aqueles que conseguem libertar-se dessa imagem, libertam-se de um peso que carregam há muitos milénios, desde a época em que os deuses e os homens habitavam a mesma Terra.
Ad rosen!

(Escrito em Birigui, São Paulo, às 21h45 de 15 de Março de 2012, sob a inspiração de Mestre K.)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cartas do meu Sanctum - Ignorância

Todos nós somos ignorantes, porque se não fossemos não estaríamos aqui a fazer nada.
A ignorância é o motor do nosso desenvolvimento, tanto material como espiritual. Sem ignorância não haveria ciência, tecnologia; não haveria descobertas que tornaram a nossa vida mais cómoda e confortável; ainda estaríamos provavelmente no nosso estado inicial quando começámos a viver na Terra. Sem ignorância não pode haver evolução, pois é ela que nos empurra para tentarmos sabe um pouco mais acerca de nós mesmos, da nossa vida, do que estamos aqui a fazer, qual o propósito e muito mais. Por isso somos buscadores, reconhecemos a nossa ignorância e vamos à procura, vamos em busca de uma sabedoria, de um conhecimento que sentimos existir no nosso interior, provavelmente um conhecimento primordial do qual temos apenas uma leve suspeita.
Há quem ache que sabe mais que todos os outros, que não sofre dessa coisa chamada ignorância. É aquele professor que acha que os alunos não passam de um bando de ignorantes e que ele faz o supremo sacrifício de os ensinar. Só que, como todos os pretensiosos, incorre num grande equívoco: ele não pode ensinar nada a ninguém, as pessoas aprendem se quiserem e se puderem – ele apenas fornece pistas, explicações, material para que as pessoas possam aprender.
As últimas conquistas tecnológicas a nível de informação vieram trazer uma nova abordagem da questão educativa assim como da organização social. Com o desenvolvimento da internet as pessoas recebem a informação em casa, sem censura (por enquanto), e podem aprender de forma muito mais rápida do que frequentando uma escola. As pessoas podem passar a ser menos ignorantes, ainda que exista muita desinformação na internet. Por esse motivo, alguns governos querem estabelecer uma forma de censura sobre o que ali se publica e querem também controlar o seu acesso.
Em termos espirituais a nossa ignorância impele-nos para uma religião, uma escola iniciática, uma escola esotérica, para grupos “new age” para associações de vária ordem, inclusive maçónicas (só algumas). Buscamos a resposta ou o esclarecimento para a nossa ignorância. Mas descobrimos com alguma frustração que ali não há respostas – ali há apenas caminhos pelos quais podemos encontrar-nos com o nosso mestre interior, se tivermos coragem e abrirmos a nossa mente. Tudo quanto buscamos está ali, no nosso mestre interior.
É preciso coragem para poder resistir à manipulação de consciências, tão usada pelas religiões, sem excepção, através da qual procuram dominar as populações a elas sujeitas, incutindo-lhes dogmas e doutrinações. Conseguem-no com bastante sucesso, pois usam técnicas bastante desenvolvidas para esse fim e não explicam a verdade porque como alguém disse, a verdade liberta.
Mal avisados são aqueles que se consideram a si mesmos mestres, gurus, professores, orientadores, julgando-se donos da verdade e senhores do conhecimento das coisas, como se o resto dos seres humanos não passe de um conjunto de ignorantes. Considerar outros ignorantes, só porque têm ideias diferentes das suas, é no mínimo falta de educação, falta de respeito pelo próximo, prepotência, falta de senso, falta de sentido ético e mais grave ainda, falta de compaixão, onde o amor não tem lugar.
Mas felizmente que nem tudo é assim. Apesar da confusão dos tempos que estamos vivendo, da desorientação que parece ter tomado conta de tudo, há muita gente que não se importa nem dá importância às luzes da fama, e se dedica de corpo e espírito ao bem dos outros, sem pedir nada em troca.
Na última carta publicada, subordinada ao tema “Espiritualidade”, recebi vários comentários elogiosos por e-mail, pelo “blog” e pelo “facebook”. A todos o meu agradecimento sincero e meu abraço fraterno.
Ad rosen!


Birigui, 8 de Março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Cartas do meu Sanctum

ESPIRITUALIDADE

Esta é uma palavra que deixou as paredes dos templos, das igrejas, dos conventos, como tem vindo a ser usada há muitos e muitos séculos, e passou a fazer parte do dia-a-dia corrente, sendo aplicada a inúmeras situações e sendo utilizada arbitrariamente na execução de milhares de livros, na realização de convenções, palestras “workshops” (seja lá o que for que isto queira dizer), e cursos, supostamente dirigidos ao despertar da espiritualidade que, dizem, reside no interior de cada um.
Pode-se aprender espiritualidade em livros? Julgo que não, apesar de haver muita gente que tem ganho autênticas fortunas editando livros dedicados ao tema. Pode-se aprender espiritualidade em convenções, palestras e “workshops”? Penso também que não, que é um grande equívoco. Pode-se aprender espiritualidade em cursos de meditação ou algo semelhante? A minha resposta continua a ser negativa. Pode-se aprender espiritualidade nos templos, nas igrejas e nos conventos? Também não. Pode alguém ensinar espiritualidade a alguém? Não. Porque ninguém ensina nada a ninguém e a espiritualidade não se aprende.
O ser humano é um espírito experimentando a vida num corpo físico, logo, a espiritualidade é uma condição natural. Ele nasce espírito e morre espírito, embora esta designação de espírito tenha vários significados, alguns bem diferentes, consoante as escolas que a usam.
Não importa o nome por que é conhecido, espírito, alma, personalidade-alma ou outro qualquer. Trata-se de algo transcendente que engloba o nosso ser por inteiro e que nos faz saber que somos mais do que o corpo físico, que nos faz sonhar com lugares especiais, que nos faz desejar voltar para casa, ainda que não saibamos onde é que a casa é.
O ser humano nasceu espírito e em espírito cumpre o longo caminho das encarnações. Desde a mais remota antiguidade que ele sente que é um pouco mais do que o corpo. Começou por adorar as forças da Natureza, que o aterrorizavam. Estabeleceu vários cultos a vários deuses e assim foi subindo na escala evolutiva, até desembocar nas actuais religiões, supostamente detentoras de espiritualidade.
Mas pode haver espiritualidade numa igreja que criou a inquisição e se estabeleceu durante muitos séculos como um império governando o mundo? Poderá haver espiritualidade no mundo muçulmano, que propõe a “guerra santa” contra os infiéis, só que os infiéis são todos os que não são muçulmanos? Poderá haver espiritualidade entre o judaísmo, com toda a sabedoria dos seus livros sagrados e da Cabala, mas agarrado a formas de vingança corporizadas no “olho por olho, dente por dente”? Poderá haver espiritualidade no hinduísmo, no panteão dos 300 mil deuses, apesar da trindade original e superior, mas insistindo em costumes atávicos de verdadeira miséria? Poderá haver espiritualidade no budismo, cujos monges criadores das mandalas e cantores de inúmeros mantras, mas que prosseguem numa religião que alguém já chamou de “religião sem Deus”?
Evidentemente que sim, que pode haver espiritualidade dentro de todas essas religiões, pois a espiritualidade não reside na religião, mas em cada um dos seres que constituem os seus membros. Enquanto religiões e estabelecendo rituais e mediadores (sacerdotes, pastores, etc.) entre o membro e a divindade ou as divindades, perseguem interesses materiais pouco condizentes com a doutrina que apregoam.
Quem se debruça um pouco sobre a história das religiões verifica que se trata, na verdade, de uma história de sangue e de domínio e exploração por uma elite auto-constituída que se assume detentora da verdade e da salvação dos pobres súbditos. O próprio budismo, apesar das pretensões de alguns, não foge à regra. Nascido na Índia, onde é muito pouco apreciado, atingiu a sua mais forte expressão no Tibete, onde se estabeleceu um reino governado por monges, cujo principal responsável tomou o nome de Dalai lama, que não significa nenhuma atribuição espiritual, mas designa apenas o rei do Tibete. O que é que os monges fizeram pela população pagã durante séculos? Nada, absolutamente nada, mantiveram essa população nas condições da idade medieval europeia. Quando os chineses invadiram o Tibete em 1950, foram recebidos em festa pela maior parte da população.
Apesar de se considerar geralmente que a espiritualidade está ligada à religião, em muitos casos as coisas se confundem de tal modo que há quem ache que é a mesma coisa, de facto não está. A espiritualidade faz parte de todo o ser humano, só precisando de condições e oportunidade para se manifestar, o que pode levar várias vidas. As religiões e todas as formas de culto, as ordens iniciáticas e de cavalaria, os costumes tradicionais ritualizados nas sociedades mais antigas, são apenas caminhos ou meios através dos quais se pode evoluir e expressar a espiritualidade.
Aquele ou aquela que consegue expressar a espiritualidade de forma plena, está num grau de evolução superior e a espiritualidade passa a fazer parte de todo o seu ser, reflectindo-se nos seus actos, pensamentos e na vida do ser como um todo. Não há espiritualidade a meio tempo, tem que ser a tempo inteiro.
Ad rosen!

(A partir do 4º parágrafo, texto recebido por inspiração de Mestre K. no dia 6 de Março, cerca das 21h30 horas de Birigui.)