terça-feira, 27 de outubro de 2009

AS REVELAÇÕES DO CRÂNIO DE CRISTAL

II – As Origens da Humanidade

Já vimos em outras crónicas que a humanidade teve provavelmente muitas origens, e a tradição oral ou escrita está cheia de relatos que, sendo diferentes, acabam por levar à mesma conclusão: que a humanidade não teve uma única origem.
Por um lado temos a Bíblia que nos diz que foi Deus em pessoa (?) que nos criou. Evidentemente que não foi Deus, pois Deus não é uma personalidade. Por outro lado temos várias lendas e textos antigos que nos falam da vinda do homem de outros planetas e que, inicialmente, viveu no continente da Lemúria. Nenhum relato, nenhuma tradição, nenhum texto antigo nos fala da criação espontânea do ser humano por via da teoria da evolução das espécies.
A tradição judaico-cristã, através do Livro do Génesis do Antigo Testamento, diz que foi Elohim que criou o homem, e depois a mulher. Como já dissemos em outras alturas, Elohim é o plural de Eloha, que significa deuses, e não Deus como as traduções bíblicas pretendem mostrar. É claro que essas traduções se têm adaptado aos interesses do momento, principalmente aos interesses de uma religião que insiste na existência de um Deus pessoal, senão de um ancião de barbas brancas, difícil de identificar como Deus, mas como Jesus Cristo crucificado.
Apesar de não haver nenhuma evidência do ser humano primordial, aquele que resultaria exclusivamente da evolução, o Crânio de Cristal diz-nos que quando chegaram a este planeta encontraram um ser semelhante, mas ainda em estado muito primitivo. Diz ainda que vieram para este “pequeno planeta escuro” por causa da sua densidade e porque pretendiam “experimentar”, pois a mente não é capaz de experimentar. Assim, muitos deles criaram o corpo no qual passaram a habitar e a ter todas as sensações de um corpo material. Mas logo houve a “queda”, pois muitos ficaram escravos da sua própria criação – o corpo – e esqueceram os seus pensamentos originais.
Voltando à tradição judaico-cristã, esta fala-nos da existência de uma hierarquia angélica, como tronos, querubins, arcanjos, etc., em que o anjo seria o ser angélico mais próximo de nós. Não nos custa assim admitir que esses seres que vieram para a Terra e aqui encarnaram em corpos físicos, pertenciam a essa hierarquia, talvez anjos e arcanjos. A “queda” enunciada trata-se certamente da queda dos anjos, e do homem simultaneamente, pois a queda deu-se por se terem tornado escravos do corpo, o qual configurava o ser humano. Também a Bíblia nos fala de que, em determinada altura os filhos de Deus, ou dos deuses, se apaixonaram pelas filhas dos homens e com elas se juntaram.
Mas aqui surge um problema e talvez uma contradição. O Crânio diz-nos que foi o “homem” que chegou a este pequeno planeta escuro, não nos diz que foi um ser de outra natureza e aqui assumiu a forma humana material. Este “homem” veio de uma outra galáxia onde vivia num estado puro de energia. Assim, talvez não estejamos perante um ser angélico como atrás dissemos, mas perante o “homem” (ser humano), que ainda não tinha descido à matéria.
Este “homem”, de acordo com o cabalista Z´ev ben Shimon Halevi, seria o Adão Kadmon que “sendo uma cópia em miniatura do Universo, o homem trás dentro de si não apenas as características da Criação, como também os atributos do Criador.” Seria então este o ser que veio para a Terra, mente pura desejando experimentar as emoções. Desta forma, teremos que considerar este ser, chamado Adão Kadmon pelos cabalistas, como um ser diferente e separado da hierarquia celestial que indicámos ou, que a hierarquia celestial não seja mais do que os atributos do “homem universal” ou Adão Kadmon.
Estes seres vieram para a Terra, a que chamam “pequeno planeta escuro”, devido à sua grande densidade e a outros factores que veremos em futuras crónicas, para se poderem materializar na 3ª dimensão, pois na dimensão em que existem isso não seria possível.
Em relação a muitos textos que têm sido publicados nos últimos anos, textos originados por entidades pertencentes a pseudo-escolas espiritualistas, dizendo que o ser humano está a caminho de passar para a 4ª, 5ª ou 6ª dimensão, dependendo do seu grau de desenvolvimento espiritual, o Crânio de Cristal diz-nos que isso não é possível, que em termos materiais só existe a 3ª dimensão.
Isto é fácil de entender pois a matéria só pode existir dentro de uma baixa frequência vibratória. Aumentando a frequência, a matéria dissipa-se, desaparece dos nossos olhos físicos e deixa de existir mesmo como matéria. Existindo numa faixa de frequência muito alta, estes seres não tinham possibilidades de se materializar e experimentar as emoções da matéria.
Por outro lado, parece que as 4ª, 5ª, e 6ª dimensões não existem, pois a partir da 3ª há o Todo, o Uno. Apenas teoricamente poderíamos considerar que as diferentes frequências vibratórias da tal hierarquia angelical, dando origem a seres diferentes como arcanjos e anjos, por exemplo, corresponderiam a diferentes dimensões. Mas parece que não, que todos se acham no mesmo campo vibratório do Uno.
Assim, só é possível ao ser humano livrar-se da 3ª dimensão e passar a um plano mais elevado, integrar-se no Uno, através da morte física do corpo, pois só existe morte para o corpo, que a vida continua, pois sendo pura energia ou força vital, não morre quando deixa o corpo material.
Quando estes seres aqui chegaram e tomaram a forma humana, encontraram seres semelhantes, mas em estado muito primitivo, a quem começaram a ensinar noções muito básicas, porque a sua mente não podia compreender ensinamentos mais elaborados. Foi assim durante muitas eras, em que o homem primitivo habitante da Terra, se foi erguendo lentamente para atingir um estado mais conforme a sua natureza humana.
O Crânio de Cristal diz-nos que a actual civilização teve origem na Atlântida, indicada como ao largo da costa de Bimini, há cerca de 15.000 anos, quando sofreu o último cataclismo que a fundou nas águas. Aqui fala-se em civilização e não em humanidade, porque esta é muito mais antiga.
Os primitivos atlantes, talvez os sobreviventes da Lemúria, não se comunicavam pela palavra escrita ou oral, comunicavam-se por algo que poderíamos chamar de telepatia. Isto concorda com as descrições da “Doutrina Secreta” de Helena Blavatsky, em que o primitivo atlante tinha uma espécie de penacho sobre a cabeça, que o chacra coronário estava completamente aberto, e que era através dele que se comunicava com os outros. A linguagem oral e escrita aparece gradualmente à medida em que o corpo se densifica e vai perdendo as faculdades telepáticas. É interessante notar que as crianças nascem com esse chacra aberto, que na linguagem popular se diz que ”tem a moleirinha aberta”.
De facto, as crianças até à idade dos 6 ou 7 anos, têm uma vida psíquica muito intensa, e também se libertam do corpo material (morte) muito mais facilmente do que os adultos. Falta-lhes o “filtro” constituído por esse chacra coronário quando este vórtice ainda não se encontra completamente formado e, por esse motivo, as crianças apegam-se aos adultos como uma forma de protecção.

sábado, 24 de outubro de 2009

AS REVELAÇÕES DO CRÂNIO DE CRISTAL

I – A Natureza do Crânio de Cristal

O Crânio de Cristal é um dos muitos artefactos semelhantes que têm sido encontrados em diversos locais da Terra, desde os primórdios do século 18. Este, sobre o qual iremos falar, foi descoberto nas antigas Honduras Britânicas (hoje Belize) por Anna Mitchell-Hedges, jovem filha do arqueólogo “Mike” Mitchell-Hedges, quando procedia a escavações naquela região desde 1919. O Crânio foi finalmente desenterrado em 1924 e, felizmente, não foi entregue a um museu, onde iria permanecer indefinidamente, sem ser objecto que qualquer investigação. Claro que houve muitas peripécias pelo meio, mas este é um resumo da sua história pois, o que nos interessa no momento é o que foi feito com ele e como foi usado.
Em 1982 foi iniciado o estabelecimento de contactos mediúnicos com o Crânio através da médium canadiana Carole Davis. Nestes contactos foi recebida uma grande quantidade de informação a que iremos dar a nossa interpretação nos capítulos seguintes desta série de artigos sobre o Crânio de Cristal.
É conhecido o nosso cepticismo acerca das formas de comunicação através de médiuns, bastante usada por escolas espíritas. Entendemos que, na sua grande maioria, não são mais do que projecções da mente do próprio agente mediúnico, ou são o resultado de um acesso a uma informação que existe plasmada como forma-pensamento no agente consultante. E daí, as pessoas ficarem muito surpresas de como é que a “entidade” manifestada através do médium poderá saber coisas que só o agente consultante sabe.
Como exemplo claro de que a maioria destas “canalizações” são simples projecção da mente do médium, são os livros pretensamente históricos que abundam nas livrarias espíritas e que, supostamente, terão sido escritos por entidades existentes no astral e psicografadas por médiuns. Lemos em tempos um desses livros sobre a história de Moisés em que o Êxodo do Egipto acontece no tempo do faraó Merneptah, que governou o Egipto entre 1213 e 1203 antes da nossa era. Para algumas escolas iniciáticas aquele evento terá acontecido durante o reinado de Amenhotep IV, ou Amenófis IV, mais conhecido como Akhenaton, cujo reinado decorreu entre 1425 e 1400 a. C. Para os historiadores, aconteceu no tempo de Ramsés II, que foi faraó entre 1279 e 1213 a.C. Acabamos assim por não saber onde está a verdade, o livro mediúnico só veio trazer mais confusão, além do facto de que é muito provável que tais eventos, a existência de Moisés e o Êxodo, nunca tenham acontecido e não sejam mais do que a criação dos sábios hebreus que elaboraram a “Torah”, o Antigo Testamento. Já dissemos em outras crónicas que a história de Moisés é um decalque da história de Sargão I, rei da Acádia, Baixa Mesopotâmia.
No entanto, apesar deste nosso cepticismo, temos que reconhecer que alguns casos, poucos, fogem a este padrão e trazem-nos informações que não podem ser consideradas como elaborações da mente do médium, embora, apesar de tudo, possa também haver algumas contribuições dessa mente.
Como excepção à regra que enunciámos, podemos considerar a obra de Helena Blavatsky, principalmente a “Doutrina Secreta” estendida por 6 volumes, e o “Véu de Ísis”, livros que lhe terão sido ditados por um mestre ascensionado.
É o caso também das revelações do Crânio de Cristal, que apesar de poderem ter alguma influência da mente da médium Carole Davis, fogem completamente a qualquer aspecto religioso e nos transmitem informações que consideramos, no mínimo, perturbadoras.
É nossa convicção, em resultado de muito pesquisa que temos feito ao longo dos anos, que o homem (ser humano), tal como existe hoje, não é produto simples das leis de evolução elaboradas por Darwin e complementadas por outros seguidores. É nossa convicção de que o ser humano é o resultado da miscigenação com seres vindos de algures e que, em determinadas épocas, habitaram a Terra, para nos instruir ou mesmo, para nos destruir – a história de Noé é paradigmática, pois Deus queria destruir a humanidade existente. É neste contexto que vamos abordar e tentar interpretar as revelações do Crânio de Cristal.
A primeira questão que se nos coloca nesta abordagem, é saber com o que é que estamos a lidar: o Crânio de Cristal é um artefacto no qual foi gravada determinada quantidade de informação, a que podemos ter acesso através de uma mente especial mediúnica ou; é um dispositivo de comunicação com os seres superiores (deuses?) que nos deixaram tal instrumento? Será o Crânio de Cristal um instrumento semelhante ao que os oráculos da antiguidade usavam para se comunicarem com os deuses? Estes instrumentos, chamados “omphalos”, eram pedras estranhas usadas pelos médiuns da época, o mais conhecido dos quais era o de Delfos, na Grécia. A importância do oráculo de Delfos foi tal, que determinou grande parte da história da Grécia Antiga.
De acordo com as revelações do Crânio de Cristal durante a 5ª sessão mediúnica, realizada em 8 de Janeiro de 1984, a voz que se ouve não corresponde a uma personalidade, mas a algo que foi impresso no Cristal, cristalização, de formas-pensamento. Ou seja, várias áreas do conhecimento foram ali gravadas (cristalizadas), como se tratasse de um banco de dados de um computador. Cada uma dessas áreas terá sido impressa por uma personalidade diferente, cuja voz se manifesta quando essa área de conhecimento é abordada ou inquirida.
Por este motivo as vozes que se ouvem no Crânio de Cristal chamam-no de receptáculo, como também dizem que há outros receptáculos semelhantes sobre a Terra. Receptáculo significa que é um repositório, portanto, um instrumento que armazenou informação.
Queremos com isto dizer que os seres que criaram este e outros artefactos de cristal já não estão aqui, não estão presentes quando o contacto de um médium é efectuado. Esses seres foram embora para a sua galáxia e deixaram-nos os meios de acesso a esse tremendo conhecimento através de informações cristalizadas. Por outro lado, como muitas das informações se referem ao nosso tempo presente, é provável que o Crânio também seja um elemento de transmissão ou, alguns desses seres possam passar por aqui e actualizar-se, actualizando também as informações do Crânio. Parece, à primeira vista, uma coisa impossível mas, se pensarmos que esses seres não existem corporeamente, não têm corpo físico, apenas pura energia, será fácil para eles visitarem-nos sem que tenhamos qualquer conhecimento dessa visita.
Pelo formato de um Crânio quiseram talvez simbolizar que nós, antes de tudo, somos mente, e que esta controla, cria e determina tudo o que somos. Que a verdadeira essência é a mente, que pode ser entendida como alma, e que o corpo é apenas um invólucro material que usamos no penoso caminho de elevação a um nível mais espiritualizado.
As revelações do Crânio de Cristal, ainda que predizendo a destruição da Terra se continuarmos pelo caminho materialista que encetámos, trazem-nos no entanto o consolo de que a vida é uma continuidade, que a morte física é apenas uma passagem para um plano onde podemos nos purificar, procurar a união com o UNO e voltar à Terra, reencarnando talvez com uma mente um pouco mais espiritualizada. Dão-nos também a certeza de que a vida existe em qualquer lugar do universo, independentemente das condições climáticas do planeta ou do astro, pois sendo pura energia ou “força vital”, não se submete às condições físicas, estas só são importantes para o corpo materializado.