domingo, 10 de junho de 2012

Cartas do meu Sanctum - Segredos

O segredo é uma coisa inerente ao ser humano, pelo menos desde que a história humana é conhecida. Mas há diversas espécies de segredo. Há aqueles pequenos segredos individuais que revelam um pequeno vício, algo que se procura esconder do conhecimento dos outros, porque isso seria constrangedor. Há os segredos de alcova, alguma coisa que se procura esconder da mulher ou do marido, normalmente envolvendo algum relacionamento exterior o qual, quando descoberto, pode acarretar sérias consequências para a permanência do casal. Há os segredos de família, algo incómodo que permanece apenas no seio de uma família, vulgarmente ligado a posses materiais ou na taras genéticas. O segredo tem sido também uma forma de protecção das pessoas envolvidas em alguma actividade não permitida pela sociedade da altura. Estão neste caso organizações como a Maçonaria e as ordens iniciáticas, cujos membros corriam sérios riscos de vida, podiam cair sob a alçada da Inquisição, (activa na Europa até pelo menos o início do século 19 e só foi abolida pelo Vaticano em 1965) ou desagradar de alguma maneira às autoridades da região. Hoje, apesar da abertura que existe no ocidente, há ainda países e regiões onde a prática que não esteja de acordo com a religião vigente conduz geralmente à morte dos envolvidos. As próprias religiões têm os seus segredos que revelam apenas a uma elite, presumivelmente constituída por aqueles mais preparados para os compreender e não deixar que os segredos possam ameaçar a estrutura religiosa. Como exemplo claro desta situação temos a Biblioteca do Vaticano, cujo acesso a áreas mais restritas só é permitido a alguns privilegiados. Depois temos os chamados segredos de estado, que muitas vezes passam de governo para governo sem nunca termos a possibilidade de os conhecer. Este tipo de segredo, para além de outras consequências, tem provocado sérios embaraços a historiadores que, procurando compreender determinados acontecimentos, esbarram em situações para as quais não encontram motivo. A história desta humanidade está cheia de segredos deste tipo. Só para dar alguns exemplos, o papa João XXIII era ou não era rosacruz? E Napoleão Bonaparte era rosacruz? Se não era, porque é que existe um colar rosacruz cuja posse lhe é atribuída? Qual foi o motivo real que deu origem à primeira grande guerra? Nos tempos mais recentes, quem foi que assassinou Kennedy? Nos tempos actuais e graças especialmente à Internet, tem vindo a desenvolver-se uma forte campanha de informação (ou desinformação) relacionada com a Terra sobre as nossas possibilidades de sobrevivência num universo que se revela extremamente perigoso. Por um lado a poluição que causamos e que tem provocado o chamado “aquecimento global”, por outro lado a aproximação de uma grande catástrofe anunciada pelo famoso calendário maia e confirmada pelo “I-Ching” e até por programas de computador. Como previsões desta natureza atraem sempre muitos alucinados, as receitas são inúmeras acerca de como poderemos sobreviver e das modificações que iremos sofrer no nosso ADN (DNA). Não participando da “loucura” dos profetas da Nova Era anunciando o fim do mundo das e nas mais diversas formas, há no entanto algo que foge ao nosso entendimento. Apesar dos sucessivos desmentidos por parte de governos e de instituições governamentais, como por exemplo a NASA, temos a estranha sensação de que alguma coisa se passa, inexplicada, e que parece contradizer esses desmentidos. Parece-nos que estamos a lidar com segredos que ultrapassam o nível de estado, parece-nos que os segredos agora são de nível planetário. Se não é assim, porque é que se insiste no “aquecimento global” quando a ciência já demonstrou que o que está a acontecer é um “arrefecimento global” que nos pode conduzir para uma nova “idade do gelo”? Se não está prevista nenhuma catástrofe global a curto ou médio prazo, porque é que foi construída a nova “Arca de Noé”, enterrada sob o gelo do norte da Noruega e destinada a preservar as espécies vegetais terrestres? Se não existe nenhuma aproximação de um planeta intruso chamado Nibiru ou outro nome qualquer, porque é que se mandou construir dois ou três observatórios no pólo sul, na Antártida, cujas antenas estão viradas também para sul? Será porque as tabuinhas de argila da Mesopotâmia em escrita cuneiforme nos contam que esse planeta intruso invade o nosso sistema solar pelo sul? Porque é que os EUA da era Obama cancelaram todo o seu programa de viagens espaciais? Foi só por uma questão de poupança financeira? Estes são alguns casos que nos perturbam pois são sintomas de que algo grave vive escondido e não é do conhecimento geral. Parece que só agora, e mercê do progresso científico que atingimos nos últimos tempos desta humanidade, tomámos consciência de que a Terra gira sobre si e à volta do Sol a velocidades vertiginosas, de que o Universo em que estamos inseridos é muito perigoso. Tão perigoso que já por diversas vezes a vida na Terra foi praticamente eliminada, e não falo apenas dos dinossauros. Podemos estar à beira de uma situação semelhante, mas também não sei se a divulgação de algo que esteja para acontecer em breve ao planeta seria benéfica, gerando o pânico a nível global com trágicas consequências. Pessoalmente não estou nada preocupado, pois sei que a lei cósmica se cumprirá sempre, que poderei viver novamente neste planeta se houver condições para a vida, ou em outro qualquer planeta onde o Cósmico me permitir continuar a minha senda evolutiva. (Escrito em Birigui, São Paulo, às 22h10 de 5 de Junho de 2012)

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