Segundo Zecharia Sitchin nas suas “Crónicas da Terra”, os deuses vieram à Terra em busca de ouro, pois tinham necessidade desse metal precioso em grandes quantidades para poderem preservar as condições de vida no seu planeta.
Aparentemente descobriram a Terra por acidente. Em épocas mais remotas, e ainda segundo as mesmas crónicas, a Terra teria sido vítima de um brutal acidente cósmico, o choque de um satélite do planeta dos deuses, Nibiru, dando origem à Terra actual com três quartos da matéria anterior, à Lua e ao cinturão de asteróides localizado entre Marte e Júpiter. Nibiru teria uma órbita muito alongada à volta do Sol de cerca de 3.600 anos terrestres. Inicialmente parece que os deuses vinham à Terra sempre que o seu planeta se aproximava e ali ficavam até Nibiru se começar a afastar e assim, partiam para voltarem dali a outros 3.600 anos.
Verdade ou imaginação, o autor estabelece uma ligação entre esse cataclismo cósmico e o Génesis da Bíblia.
Os deuses estabeleceram-se na Terra bastante mais tarde, quando decidiram explorar o ouro e transportá-lo para o seu planeta. Presume-se que ficaram por cá bastantes anos, talvez entre uma vinda e outra do seu planeta. Primeiro instalaram-se no Golfo Pérsico a fim de retirar o ouro da água do mar, mas, rapidamente constataram que o processo era moroso e com relativos resultados. Decidiram então descer ao sudoeste da África e aí estabeleceram a verdadeira mineração. Isto ter-se-á passado há cerca de 400 mil anos, numa altura em que, aparentemente, o Homo Sapiens ainda não existia, nem nenhum ser a que se pudesse atribuir a condição humana.
Os deuses viviam milhares de anos, uma coisa complicada de entender e que nos leva a considerá-los seres superiores que talvez tenham descoberto o segredo da vida eterna. Mas os deuses eram como nós, seres humanos como nós, como confirma a Bíblia: “O homem tornou-se como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Que ele, agora, não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre” (Génesis 3.22).
Quer isto dizer que eles comiam algo que lhes proporcionava a vida eterna? Talvez não. Esta passagem da Bíblia deve ter o mesmo valor daquela em que Iahweh proíbe o homem e a mulher de comeram da árvore do bem e do mal. Afinal, tratou-se da aquisição da consciência de si e, consequentemente, do livre arbítrio por parte dos seres humanos, e não de um fruto miraculoso ou de uma árvore mágica que fornecia a noção do bem e do mal.
Um ano terrestre corresponde a uma volta completa do nosso planeta em torno do Sol. É assim que contamos os anos. Em cada ano que passamos sofremos as influências cósmicas e climáticas que nos fazem crescer, amadurecer e por fim, envelhecer, tal como tudo na natureza. A nossa própria natureza, o nosso corpo físico e psíquico, estão intimamente ligados a esses ciclos, e por isso nos sentimos diferentes em cada estação do ano. Assim nos transformamos dia a dia, ao longo do ano, quer disso tenhamos consciência ou não.
Se em vez dos 365 dias a Terra levasse, por exemplo, 700 dias a dar a volta ao Sol, viveríamos mais? Teríamos os mesmos anos de vida? Suponho que viveríamos exactamente os mesmos anos que vivemos hoje, só que os anos seriam mais longos ou, provavelmente, não teríamos essa percepção. É esta a teoria, não comprovada naturalmente, que pretende explicar a longevidade dos deuses. Como o seu planeta levava 3.600 anos a dar a volta ao Sol, isto significa que um ano dos deuses correspondia a 3.600 anos nossos. Resta saber se, pelo facto de viverem na Terra não estariam sujeitos aos ciclos desta em vez dos do seu planeta.
Por exemplo, se um astronauta terrestre fosse viver para Vénus, que leva 224 dias terrestres a dar a volta ao Sol, esse astronauta viveria mais do que os venusianos?
Voltando ao tema desta crónica, foram descobertos no sudoeste africano vestígios de mineração muito antigos, qualquer coisa como cerca de 300 mil anos. Evidentemente que nessa altura o homo que pudesse existir não podia ser o responsável por essas minas.
Mas como acontece hoje, o trabalho nas minas era penoso e perigoso. Naturalmente que não eram os deuses, aqueles que nos habituámos a conhecer nas diversas mitologias e com diferentes nomes, quem trabalhava nas minas. Esses eram os chefes, os que faziam parte do Grande Conselho e que acabaram por se guerrear para domínio da Terra, e com isso ensinaram também os humanos a fazerem a guerra. Quem trabalhava nas minas eram os operários, ou deuses operários, que tinham sido trazidos do seu planeta para esse trabalho.
Não sabemos se esses deuses mineiros teriam um sindicato no seu planeta que defendesse os seus interesses. Mas, como o trabalho era penoso e não sabemos se bem pago, a certa altura revoltaram-se e recusaram-se a continuar o trabalho. Um dos chefes dos deuses e responsável por todo o projecto da Terra, cujo nome sumério era Enlil, que julgamos ser o mesmo que o Iahweh bíblico, quis de imediato castigar os revoltosos. Mas seu irmão Enki, ou Ea, provavelmente o mesmo que tentou Eva nos jardins idílicos do Paraíso e ajudou Noé a salvar-se do dilúvio, opôs-se dizendo que eles tinham razão em protestar e não quererem continuar o trabalho em condições tão inóspitas.
Depois de muitas discussões no Conselho dos Deuses, alguém alvitrou a solução para o problema: a criação de um trabalhador que substituísse os deuses operários no trabalho pesado das minas. A esposa de Enki, cientista responsável por um laboratório dedicado a pesquisas na área da biologia, ficou encarregada de criar esse trabalhador.
Não se sabe se demorou muito tempo, nem se os deuses operários continuaram o trabalho até serem substituídos. Mas parece que o projecto foi conseguido através da manipulação genética, inseminando a barriga de algumas deusas voluntárias com os genes de um primata. No entanto havia um pequeno problema: este homo assim criado era um ser híbrido que não podia reproduzir-se, não podia procriar. Assim o processo seria moroso, pois teria que se inseminar a barriga das deusas e esperar o tempo de gravidez.
Mais tentativas foram feitas para tentar resolver esse problema, até que finalmente foi conseguido um homo com todas as capacidades de se reproduzir, uma vez que havia exemplares masculinos e femininos com todas as características que resultaram mais tarde no homem e na mulher.
Fantasia? Se olharmos bem para o Génesis da Bíblia, o homem e a mulher não foram criados em simultâneo como seria natural, a mulher foi criada bem mais tarde, ou seja, quando Iahweh criou o homem só mais tarde verificou que este precisava de companhia.
Estava assim resolvido o problema dos trabalhadores das minas, podiam agora ser substituídos por esse ser criado exclusivamente para fazer o trabalho deles.
Evidentemente que esta situação não se enquadra dentro do que está consagrado pela classe pensante dos dias de hoje. Por um lado há aqueles que crêem que o ser humano foi criado por Deus em pessoa, acreditando fielmente nas palavras bíblicas. Por outro lado há os que atribuem o aparecimento do ser humano à evolução de uma qualquer espécie de primata.
Sabemos que não foi de uma maneira ou de outra. Primeiro porque o conceito de Deus criador é um conceito puramente humano, quer dizer, o homem criou Deus à sua imagem e semelhança. E para o homem ser o resultado da evolução de uma espécie de primata seriam precisos mais uns milhões de anos para atingir o estágio em que está hoje.
A teoria aqui apresentada pode chocar a sensibilidade da maioria mas, a verdade pode ser mais simples do que podemos imaginar.
sábado, 28 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
A ERA DOS DEUSES - VI – Os Mistérios Egípcios – 4ª Parte
Vimos na crónica anterior que Ísis, Osíris, Hórus, Seth e outros deuses podem ter existido realmente, governando o Egipto durante alguns milhares de anos. Ao fim desses milhares de anos terão passado o poder a semideuses, filhos das relações sexuais que os deuses e as deusas terão realizado com os humanos e, mais tarde, para os humanos. Estes terão copiado e prosseguido com os costumes dos deuses em que o faraó, o rei, o senhor das duas coroas do Egipto, correspondentes ao Alto e Baixo Egipto, só poderia casar ou ter como esposa principal uma sua irmã de sangue, dado que, como faraó, a sua origem era divina.
Esta noção de origem divina ficou de tal forma inculcada nos costumes e inconsciente colectivo que foi transposta para as civilizações que se seguiram. Em Roma, o imperador fazia cunhar moedas com a sua efígie, fazia levantar estátuas em sua honra e fazia-se adorar como deus. Na Idade Média, apesar do domínio absoluto do cristianismo, os reis e imperadores consideravam-se de origem divina, e a classe nobre tinha sangue azul, uma referência simbólica à sua presumível origem divina. Exemplo desta ideia foi a crise criada entre Frederico I, imperador do Sacro Império Romano, e a Santa Sé: Frederico não aceitou ser coroado imperador pelo Papa porque não reconhecia nenhuma autoridade na Terra acima dele, uma vez que ele, como imperador, era de origem divina.
No Egipto, como em toda a parte, as coisas foram-se transformando gradualmente e, ao fim de alguns milhares de anos, as histórias dos deuses passaram à condição de lendas ou mitos, o que, para a racionalidade ocidental, é o mesmo que dizer que são fruto da imaginação e que nunca existiram realmente. Joseph Campbell, escritor e especialista em mitologia, afirmou que os nossos sonhos constituem os nossos mitos privados, pertencentes apenas ao imaginário do sonhador. Mas os mitos são sonhos públicos, pertencentes a todo o mundo, universais no seu simbolismo metafísico.
Os deuses terão iniciado os humanos na religião, no culto a si próprios, como uma forma de controlo sobre os humanos, mas também, muito provavelmente, para enaltecer o seu ego. Daí resultou a religião egípcia e o culto aos vários deuses representados por ícones gravados em milhares de pedras e monumentos.
A deusa mais adorada em todo o Egipto, em todas as épocas e em toda a região mediterrânica, foi Ísis. Muitas das capelas e lugares dedicados a Maria Madalena na costa norte do Mediterrâneo eram antigos locais de culto a Ísis sob diferentes nomes. Como aconteceu com grande parte dos cultos pagãos, o cristianismo transformou-os em cultos cristãos, substituindo o seu nome original pelo de uma santa qualquer.
Ísis é a grande deusa egípcia, esposa e irmã de Osíris, e mãe de Hórus. Ísis é a alma apaixonada:
“Vem a mim!
Eu sou a boca que transporta a vida,
Eu sou a filha do conhecimento dentro do seu centro
Dirigindo os demónios da serpente dentro da sua cabeça.
Eu sou a filha das estrelas do meu pai por causa do conhecimento.
Eu sou a sua filha…
Eu sou Ísis, divina Natur, e Senhora das Palavras Mágicas da Alma,
Ouvindo palavras verdadeiras de todas as bocas que podem morder.”
Por este texto do Antigo Egipto ficamos a saber que Ísis é: a doadora da vida, a fonte do conhecimento, a serpente Kundalini, uma deusa filha das estrelas e a natureza em toda a sua pujança. O mito de Ísis preserva elementos dos mais antigos pensamentos filosóficos da nossa raça, dos nossos sonhos mais profundos transportados para imagens universais com dezenas de milhares de anos.
No Antigo Egipto, a símbolo de lealdade e devoção não era o cão fiel, o melhor amigo do homem era a sua própria esposa. O hieróglifo para o nome de Ísis era o mesmo que para Osíris, identificação da alma com o trono ou o assento do ser. Mas tinha uma pequena diferença: Osíris tinha o olho hieróglifo acrescentado. Ísis era apenas o trono sem o olho, uma vez que o amor é uma função natural da escura e misteriosa função da alma. O amor pode viver na escuridão.
Ísis é a esposa e a contraparte feminina de Osíris mas, mais especialmente, Ísis é a alma apaixonada, representando todos os níveis, estados, formas e experiências do amor que a alma humana é capaz.
No fascínio egípcio pelo mistério da alma da mulher, Ísis é a esposa leal, é a amante, a mãe, a sedutora, a bruxa, a prostituta, a guia, a protectora, a enfermeira, a irmã, a companheira e sempre, acima de tudo, o poder leal ao lado do trono
Ísis representava todas as formas de ligação, de amizade, de amor e de sexo criados entra as pessoas. Ela é a electricidade, a magia, a química desses laços e de todos os seus perigos. Muitos dos templos dedicados a Ísis eram mais do que locais cerimoniais. Eram escolas e centros de aconselhamento para mulheres. As suas sacerdotisas eram professoras, guias, terapeutas, parteiras, assim como anfitriãs (!?) e carpideiras profissionais.
“A sua irmã era a sua guarda,
Ela que afasta os inimigos,
Que pára as acções do perturbador
Pelo poder da sua expressão bocal.
A língua esperta cujo discurso não falha,
Eficaz na palavra de comando,
Poderosa Ísis que protege o irmão,
Que o viu sem roupa.”
O número da Grande Deusa é nove porque ela é aquela força unificadora juntando a eternidade e a realidade, representada pelos quatro pontos cardeais dos céus e pelos quatro pontos cardeais do espaço/tempo. Estes oito estão ligados pelo nono, a coluna da vida da deusa, a ligação entre os céus e a Terra que é cada alma vivente. Ela é a Árvore da Vida que suporta o mundo, juntando as duas dimensões separadas da eternidade e da realidade. Ela é a serpente da coluna espinal através da qual as energias da eternidade se vertem para a realidade. Ela é a coluna que segura o céu. Ela é o céu e a Terra, e os nossos seres viventes são formados à volta das suas energias vertendo-se para a realidade a partir da dimensão Divina.
“Salve, A Grande de muitos nomes…
Tu de quem as entidades divinas aparecem neste teu nome de Mut-Isis!
Tu-que-fazes a garganta respirar,
Filha de Re, quem ele cuspiu da sua boca neste teu nome de Tefnut!
Ó Neith que apareceu no teu barco neste teu nome de Mut!
Ó Mãe Venerável, tu que subjugas os teus adversários neste teu nome de Nekhebet!
Oh Tu-que-sabes-como-fazer-uso-correcto-do-coração,
Tu que triunfas sobre os teus inimigos neste teu nome de Sekhmet!
É A DE OURO… a senhora dos bêbados, da musica, da dança, do incenso, da coroa, das jovens mulheres,
Que os homens aclamam porque são seus amantes!”
O que acontecia no Antigo Egipto era o mesmo que acontece hoje entre nós: a deusa assumia várias expressões conforme se tratasse de esposa, de amante, de mãe, de guerreira, etc. Hoje, exceptuando as funções menos próprias da moral cristã, como amante, prostituta, etc., acontece o mesmo com o culto às várias Nossas Senhoras, que são expressões de uma mesma divindade.
Os gregos identificavam Ísis com as suas próprias deusas, também aqui nas várias expressões da mesma divindade: como fornecedora do grão e protectora das colheitas, ela era Demeter; como deusa do amor, ela era Afrodite; como esposa do rei dos deuses, ela era Hecate, a deusa grega da magia, cujo nome derivava directamente do egípcio, onde “palavras mágicas” era “heka”; como protótipo da mulher humana, ela era Io, amada por Zeus e transformada numa vaca, que é a mesma deusa egípcia, uma das expressões de Ísis, Hathor.
Por detrás das suas muitas faces e nomes há um e o mesmo divino desconhecido, o mesmo mistério da coerência do ser.
Havia no Egipto um vocabulário inteiro de símbolos religiosos na devoção a Ísis, resultante das experiências de vida do ser humano.
A vida era considerada uma viagem da alma, uma peregrinação ao longo do rio (a enorme influência do rio Nilo na cultura egípcia) ou mesmo uma viagem por mar. Os perigos do mundo eram a vista do mar escuro – a devoção a Ísis era o navio e o porto seguro de chegada.
A própria Ísis era o mastro e a vela da viagem da alma através da vida. Os crentes viam-se a si mesmos como jardineiros que cultivavam o jardim das suas almas. Os sacerdotes de Ísis eram verdadeiros filósofos que devotavam as suas vidas a atingirem a emocional e imediata percepção da divindade.
Nos tempos de Ptolomeu (300 a.C.) a comunidade devotada a Ísis era chamada de Ecclesia, uma estrutura e organização adoptadas mais tarde pela assembleia-geral grega e, através de Bizâncio e Alexandria, pelo cristianismo. No entanto, somente as formas exteriores foram preservadas. Perdeu-se o que de mais íntimo havia no culto da Senhora, como Ísis era chamada. O verdadeiro significado da Senhora foi enterrado debaixo das camadas patriarcais e dos dogmas da interpretação cristã.
Ísis é mostrada como mulher completa em todos os seus aspectos e estágios da vida. A sua feminilidade era estudada tão ao pormenor que as muitas das suas faces ou expressões eram personificadas em outras tantas divindades numa combinação de diferentes coroas e ornamentos da cabeça. Toda a expressão masculina tem uma contraparte feminina no reconhecimento da dualidade universal da natureza, mas os muitos aspectos de Ísis, identificados pelas coroas e vários atributos, representam as muitas faces do amor experimentado no mundo humano.
Ela foi o protótipo de todas as deusas das terras civilizadas e incivilizadas. Era adorada nas suas múltiplas formas, transformada através do paganismo na “Grande Mãe”.
Esta noção de origem divina ficou de tal forma inculcada nos costumes e inconsciente colectivo que foi transposta para as civilizações que se seguiram. Em Roma, o imperador fazia cunhar moedas com a sua efígie, fazia levantar estátuas em sua honra e fazia-se adorar como deus. Na Idade Média, apesar do domínio absoluto do cristianismo, os reis e imperadores consideravam-se de origem divina, e a classe nobre tinha sangue azul, uma referência simbólica à sua presumível origem divina. Exemplo desta ideia foi a crise criada entre Frederico I, imperador do Sacro Império Romano, e a Santa Sé: Frederico não aceitou ser coroado imperador pelo Papa porque não reconhecia nenhuma autoridade na Terra acima dele, uma vez que ele, como imperador, era de origem divina.
No Egipto, como em toda a parte, as coisas foram-se transformando gradualmente e, ao fim de alguns milhares de anos, as histórias dos deuses passaram à condição de lendas ou mitos, o que, para a racionalidade ocidental, é o mesmo que dizer que são fruto da imaginação e que nunca existiram realmente. Joseph Campbell, escritor e especialista em mitologia, afirmou que os nossos sonhos constituem os nossos mitos privados, pertencentes apenas ao imaginário do sonhador. Mas os mitos são sonhos públicos, pertencentes a todo o mundo, universais no seu simbolismo metafísico.
Os deuses terão iniciado os humanos na religião, no culto a si próprios, como uma forma de controlo sobre os humanos, mas também, muito provavelmente, para enaltecer o seu ego. Daí resultou a religião egípcia e o culto aos vários deuses representados por ícones gravados em milhares de pedras e monumentos.
A deusa mais adorada em todo o Egipto, em todas as épocas e em toda a região mediterrânica, foi Ísis. Muitas das capelas e lugares dedicados a Maria Madalena na costa norte do Mediterrâneo eram antigos locais de culto a Ísis sob diferentes nomes. Como aconteceu com grande parte dos cultos pagãos, o cristianismo transformou-os em cultos cristãos, substituindo o seu nome original pelo de uma santa qualquer.
Ísis é a grande deusa egípcia, esposa e irmã de Osíris, e mãe de Hórus. Ísis é a alma apaixonada:
“Vem a mim!
Eu sou a boca que transporta a vida,
Eu sou a filha do conhecimento dentro do seu centro
Dirigindo os demónios da serpente dentro da sua cabeça.
Eu sou a filha das estrelas do meu pai por causa do conhecimento.
Eu sou a sua filha…
Eu sou Ísis, divina Natur, e Senhora das Palavras Mágicas da Alma,
Ouvindo palavras verdadeiras de todas as bocas que podem morder.”
Por este texto do Antigo Egipto ficamos a saber que Ísis é: a doadora da vida, a fonte do conhecimento, a serpente Kundalini, uma deusa filha das estrelas e a natureza em toda a sua pujança. O mito de Ísis preserva elementos dos mais antigos pensamentos filosóficos da nossa raça, dos nossos sonhos mais profundos transportados para imagens universais com dezenas de milhares de anos.
No Antigo Egipto, a símbolo de lealdade e devoção não era o cão fiel, o melhor amigo do homem era a sua própria esposa. O hieróglifo para o nome de Ísis era o mesmo que para Osíris, identificação da alma com o trono ou o assento do ser. Mas tinha uma pequena diferença: Osíris tinha o olho hieróglifo acrescentado. Ísis era apenas o trono sem o olho, uma vez que o amor é uma função natural da escura e misteriosa função da alma. O amor pode viver na escuridão.
Ísis é a esposa e a contraparte feminina de Osíris mas, mais especialmente, Ísis é a alma apaixonada, representando todos os níveis, estados, formas e experiências do amor que a alma humana é capaz.
No fascínio egípcio pelo mistério da alma da mulher, Ísis é a esposa leal, é a amante, a mãe, a sedutora, a bruxa, a prostituta, a guia, a protectora, a enfermeira, a irmã, a companheira e sempre, acima de tudo, o poder leal ao lado do trono
Ísis representava todas as formas de ligação, de amizade, de amor e de sexo criados entra as pessoas. Ela é a electricidade, a magia, a química desses laços e de todos os seus perigos. Muitos dos templos dedicados a Ísis eram mais do que locais cerimoniais. Eram escolas e centros de aconselhamento para mulheres. As suas sacerdotisas eram professoras, guias, terapeutas, parteiras, assim como anfitriãs (!?) e carpideiras profissionais.
“A sua irmã era a sua guarda,
Ela que afasta os inimigos,
Que pára as acções do perturbador
Pelo poder da sua expressão bocal.
A língua esperta cujo discurso não falha,
Eficaz na palavra de comando,
Poderosa Ísis que protege o irmão,
Que o viu sem roupa.”
O número da Grande Deusa é nove porque ela é aquela força unificadora juntando a eternidade e a realidade, representada pelos quatro pontos cardeais dos céus e pelos quatro pontos cardeais do espaço/tempo. Estes oito estão ligados pelo nono, a coluna da vida da deusa, a ligação entre os céus e a Terra que é cada alma vivente. Ela é a Árvore da Vida que suporta o mundo, juntando as duas dimensões separadas da eternidade e da realidade. Ela é a serpente da coluna espinal através da qual as energias da eternidade se vertem para a realidade. Ela é a coluna que segura o céu. Ela é o céu e a Terra, e os nossos seres viventes são formados à volta das suas energias vertendo-se para a realidade a partir da dimensão Divina.
“Salve, A Grande de muitos nomes…
Tu de quem as entidades divinas aparecem neste teu nome de Mut-Isis!
Tu-que-fazes a garganta respirar,
Filha de Re, quem ele cuspiu da sua boca neste teu nome de Tefnut!
Ó Neith que apareceu no teu barco neste teu nome de Mut!
Ó Mãe Venerável, tu que subjugas os teus adversários neste teu nome de Nekhebet!
Oh Tu-que-sabes-como-fazer-uso-correcto-do-coração,
Tu que triunfas sobre os teus inimigos neste teu nome de Sekhmet!
É A DE OURO… a senhora dos bêbados, da musica, da dança, do incenso, da coroa, das jovens mulheres,
Que os homens aclamam porque são seus amantes!”
O que acontecia no Antigo Egipto era o mesmo que acontece hoje entre nós: a deusa assumia várias expressões conforme se tratasse de esposa, de amante, de mãe, de guerreira, etc. Hoje, exceptuando as funções menos próprias da moral cristã, como amante, prostituta, etc., acontece o mesmo com o culto às várias Nossas Senhoras, que são expressões de uma mesma divindade.
Os gregos identificavam Ísis com as suas próprias deusas, também aqui nas várias expressões da mesma divindade: como fornecedora do grão e protectora das colheitas, ela era Demeter; como deusa do amor, ela era Afrodite; como esposa do rei dos deuses, ela era Hecate, a deusa grega da magia, cujo nome derivava directamente do egípcio, onde “palavras mágicas” era “heka”; como protótipo da mulher humana, ela era Io, amada por Zeus e transformada numa vaca, que é a mesma deusa egípcia, uma das expressões de Ísis, Hathor.
Por detrás das suas muitas faces e nomes há um e o mesmo divino desconhecido, o mesmo mistério da coerência do ser.
Havia no Egipto um vocabulário inteiro de símbolos religiosos na devoção a Ísis, resultante das experiências de vida do ser humano.
A vida era considerada uma viagem da alma, uma peregrinação ao longo do rio (a enorme influência do rio Nilo na cultura egípcia) ou mesmo uma viagem por mar. Os perigos do mundo eram a vista do mar escuro – a devoção a Ísis era o navio e o porto seguro de chegada.
A própria Ísis era o mastro e a vela da viagem da alma através da vida. Os crentes viam-se a si mesmos como jardineiros que cultivavam o jardim das suas almas. Os sacerdotes de Ísis eram verdadeiros filósofos que devotavam as suas vidas a atingirem a emocional e imediata percepção da divindade.
Nos tempos de Ptolomeu (300 a.C.) a comunidade devotada a Ísis era chamada de Ecclesia, uma estrutura e organização adoptadas mais tarde pela assembleia-geral grega e, através de Bizâncio e Alexandria, pelo cristianismo. No entanto, somente as formas exteriores foram preservadas. Perdeu-se o que de mais íntimo havia no culto da Senhora, como Ísis era chamada. O verdadeiro significado da Senhora foi enterrado debaixo das camadas patriarcais e dos dogmas da interpretação cristã.
Ísis é mostrada como mulher completa em todos os seus aspectos e estágios da vida. A sua feminilidade era estudada tão ao pormenor que as muitas das suas faces ou expressões eram personificadas em outras tantas divindades numa combinação de diferentes coroas e ornamentos da cabeça. Toda a expressão masculina tem uma contraparte feminina no reconhecimento da dualidade universal da natureza, mas os muitos aspectos de Ísis, identificados pelas coroas e vários atributos, representam as muitas faces do amor experimentado no mundo humano.
Ela foi o protótipo de todas as deusas das terras civilizadas e incivilizadas. Era adorada nas suas múltiplas formas, transformada através do paganismo na “Grande Mãe”.
A Era dos Deuses - VII - Os Mistérios Egípcios - 5ª Parte
Um dos grandes mistérios egípcios, talvez o principal, seja o das pirâmides. Porque é que os antigos egípcios construíram as pirâmides? Qual era o objectivo, para que é que serviam?
Segundo os egiptólogos, aqueles arqueólogos especializados nas coisas do Antigo Egipto, a resposta é fácil: as pirâmides foram construídas para servirem de túmulos dos seus construtores, mais precisamente dos faraós que as mandaram construir. Mas então porque é que nunca encontraram a múmia de um desses reis dentro de uma pirâmide? Porque, ao longo do tempo, as pirâmides foram sendo saqueadas, dizem eles.
E as pirâmides maias também foram construídas para servirem de túmulos? Alguns arqueólogos dizem que sim, outros dizem que foram construídas para observatórios astronómicos, pois os maias são conhecidos pelos seus calendários e até por uma determinada profecia que prevê o fim do mundo para Dezembro de 2012.
Os egípcios construíram uma centena de pirâmides, mas os maias construíram milhares. Cada aldeia, cada cidade maia, tinha a sua própria pirâmide. Apesar das várias teorias desenvolvidas pelos eruditos, o objectivo desta construção obsessiva continua um mistério.
A pirâmide de Quéops no Egipto é considerada a maior obra arquitectónica construída pelo homem. Já referi numa crónica anterior que não poderia ter sido construída no tempo do reinado do faraó Quéops. No entanto, não é a maior pirâmide do mundo, a maior está situada no México, sobre a qual os espanhóis construíram uma catedral.
Segundo as teorias desenvolvidas pelos arqueólogos, a primeira pirâmide egípcia foi mandada construir pelo faraó Djoser, da 1ª Dinastia. Esta pirâmide teria sido construída por uma figura lendária e enigmática chamada Imhotep. Construída em degraus, terá servido de modelo para as outras construídas posteriormente, até chegar à perfeição das pirâmides de faces lisas de Gizé. Ninguém explicou entretanto como é que numa das estelas do faraó Djoser aparece o desenho de uma pirâmide lisa Ninguém explicou também como é que se chegou a essa perfeição nas três pirâmides e depois, nas construídas posteriormente, essa perfeição aparentemente foi perdida. Será que houve realmente essa evolução na construção das pirâmides, ou Djoser tentou imitar algo que conhecia?
Uma outra questão, já levantada há mais de um século, é a seguinte: se os egípcios decoravam profusamente os seus monumentos com escrita hieroglífica, porque é que não escreveram nada nestas três pirâmides de Gizé? Pelo menos uma estela indicando o verdadeiro construtor?
A atribuição a Quéops (Khufu), Kéfren e Miquerinos (Menkaure) da construção das três pirâmides é baseada numa fraude. Não se percebe porque é que se insiste nessa atribuição. Porque não há outra explicação razoável que se encaixe dentro dos parâmetros da arqueologia?
No princípio do século XIX, um certo coronel e arqueólogo chamado Howard Vyse andou pelo Egipto a fazer descobertas fantásticas: o ataúde do faraó Menkaure dentro da pirâmide que lhe é atribuída, e uma estela com o nome Khufu num compartimento lacrado dentro da Grande Pirâmide. Estava desvendado o enigma da construção que passou a ser verdade absoluta a partir daquela altura.
Mas a verdade é outra: o ataúde do faraó Menkaure era de uma época posterior em cerca de dois mil anos e os ossos da múmia eram já da época cristã; a estela com o nome de Khufu foi também uma falsificação testemunhada por um mestre pedreiro chamado Humphries Brenver, relatada na altura, mas ninguém lhe deu importância.
Como prova final de que Khufu não foi o construtor da Grande Pirâmide, foi descoberta em 1850 uma estela junto das ruínas de um templo de Ísis, mandada escrever pelo próprio Khufu para comemorar a restauração do templo, que diz o seguinte:
“Viva Hórus Mezdau;
Ao rei do Alto e Baixo Egipto
Khufu, é dada vida!
Ele fundou a casa de Ísis,
Dona da Pirâmide
Ao lado da casa da Esfinge.”
Isto significa que a pirâmide já estava lá, pois Ísis era a sua dona. Do mesmo modo também estava a esfinge, portanto, esta não poderia ter sido construída por Kéfren, como normalmente é considerado. Há mais evidências de que tanto as pirâmides de Gizé como a esfinge são bem mais antigas do que os arqueólogos e eruditos consideram, os quais, agarrados a um conservadorismo retrógrado, não admitem que a verdade seja mais simples do que se pensa: as pirâmides e a esfinge foram construídas pelos deuses que em tempos habitaram a Terra. Qual a finalidade?
De acordo com Zecharia Sitchin, nas suas “Crónicas de Terra”, as pirâmides de Gizé eram uma espécie de marcos de orientação para as naves espaciais poderem aterrar. A Grande Pirâmide seria uma espécie de torre de controlo. O local de aterragem seria o deserto de Sinai. No seu livro “As Guerras de Deuses e Homens” conta-nos que, pelo menos, houve três guerras entre os deuses para o controlo das pirâmides e do vasto campo de aterragem que constituía o Sinai. Essa disputa entre os deuses terá acabado com uma tremenda catástrofe, o bombardeamento com armas nucleares de 5 cidades, entre as quais Sodoma e Gomorra. A nuvem atómica ter-se-á estendido até à Mesopotâmia, eliminando toda a vida na região. Nessa altura os deuses foram embora e, ainda de acordo com o mesmo autor, terão deixado a Terra entregue a um deles, Marduk (Rá no Egipto).
Fantasia ou não, é uma teoria mais aceitável do que as outras que se têm tecido acerca da chuva de enxofre que Deus terá mandado fazer cair sobre Sodoma e Gomorra, assim como é também uma teoria aceitável sobre a finalidade das pirâmides. Testemunha eloquente dessa presumível guerra, é o Mar Morto, sob cujas águas se acredita que estejam sepultadas as cidades de Sodoma e Gomorra. As características deste lago salgado, muito rico em minerais mas sem as menores condições para manter algum vestígio de vida, continuam a desafiar as teorias científicas.
É provável que as pirâmides de Gizé tenham sido construídas por Thot, conhecido como o “deus do cordão que mede a Terra”. Thot é o Hermes grego, filho de Ptah, o grande deus egípcio. Senhor de notáveis conhecimentos, era também um grande defensor da paz entre os deuses e entre os homens. Terá substituído Hórus no governo do Egipto logo após a paz conseguida entre os deuses depois da segunda guerra, e terá governado o Egipto entre 8670 e 7100 a. C. É nesta época de paz que se desenvolvem cidades, entre as quais Jericó, cuja antiguidade e vestígios de ter sido um local bem civilizado para a altura, continua a confundir os arqueólogos. A Bíblia refere-se a estes remotos habitantes como anakim (Josué 14:15) ou nefilim, ou ainda elohim. Estes nomes costumam ser traduzidos como “gigantes” e é provável que os deuses tivessem uma compleição física superior à dos homens.
Thot é talvez a figura mais notável de toda a antiguidade. Segundo alguns ele é Hermes, o Hermes Trimegisto do ocultismo, da magia e da Cabala. Era possuidor de imensa sabedoria e foi considerado, tanto na mitologia grega como na egípcia, o secretário dos deuses. Enquanto Hermes era filho de Zeus na Grécia, como Thot era filho de Ptah no Egipto. Tratando-se da mesma personagem, quer dizer que Zeus era Ptah no Egipto e Enki na Mesopotâmia.
A esta divindade tem sido atribuída a revelação ao homem de quase todo o conhecimento intelectual, como a escrita e a aritmética, além da magia. No final do seu reinado no Egipto, terá passado o poder para os semideuses, filhos dos deuses e dos humanos. Por este motivo os faraós consideravam-se de origem divina, filhos de Hórus.
Não se sabe o que fez Thot depois de deixar o governo do Egipto. É provável que, na sua azáfama de instruir o ser humano tenha ido parar à América do Sul e Central e aí tenha ficado conhecido como Viracocha ou Quetzalcoalt. Em ambos os casos as lendas relatam que se tratava de um homem branco que usava barba e tinha um ar autoritário. No entanto, era tido como professor e de ter o poder de transformar montes em vales e dos vales fazer montes, e fazer com que os ribeiros corressem da pedra viva. Em ambos os casos ajudava também as pessoas com necessidades, curava os doentes e, se a sua vida corria perigo, tinha ao seu dispor a “arma do fogo divino’.
Segundo os egiptólogos, aqueles arqueólogos especializados nas coisas do Antigo Egipto, a resposta é fácil: as pirâmides foram construídas para servirem de túmulos dos seus construtores, mais precisamente dos faraós que as mandaram construir. Mas então porque é que nunca encontraram a múmia de um desses reis dentro de uma pirâmide? Porque, ao longo do tempo, as pirâmides foram sendo saqueadas, dizem eles.
E as pirâmides maias também foram construídas para servirem de túmulos? Alguns arqueólogos dizem que sim, outros dizem que foram construídas para observatórios astronómicos, pois os maias são conhecidos pelos seus calendários e até por uma determinada profecia que prevê o fim do mundo para Dezembro de 2012.
Os egípcios construíram uma centena de pirâmides, mas os maias construíram milhares. Cada aldeia, cada cidade maia, tinha a sua própria pirâmide. Apesar das várias teorias desenvolvidas pelos eruditos, o objectivo desta construção obsessiva continua um mistério.
A pirâmide de Quéops no Egipto é considerada a maior obra arquitectónica construída pelo homem. Já referi numa crónica anterior que não poderia ter sido construída no tempo do reinado do faraó Quéops. No entanto, não é a maior pirâmide do mundo, a maior está situada no México, sobre a qual os espanhóis construíram uma catedral.
Segundo as teorias desenvolvidas pelos arqueólogos, a primeira pirâmide egípcia foi mandada construir pelo faraó Djoser, da 1ª Dinastia. Esta pirâmide teria sido construída por uma figura lendária e enigmática chamada Imhotep. Construída em degraus, terá servido de modelo para as outras construídas posteriormente, até chegar à perfeição das pirâmides de faces lisas de Gizé. Ninguém explicou entretanto como é que numa das estelas do faraó Djoser aparece o desenho de uma pirâmide lisa Ninguém explicou também como é que se chegou a essa perfeição nas três pirâmides e depois, nas construídas posteriormente, essa perfeição aparentemente foi perdida. Será que houve realmente essa evolução na construção das pirâmides, ou Djoser tentou imitar algo que conhecia?
Uma outra questão, já levantada há mais de um século, é a seguinte: se os egípcios decoravam profusamente os seus monumentos com escrita hieroglífica, porque é que não escreveram nada nestas três pirâmides de Gizé? Pelo menos uma estela indicando o verdadeiro construtor?
A atribuição a Quéops (Khufu), Kéfren e Miquerinos (Menkaure) da construção das três pirâmides é baseada numa fraude. Não se percebe porque é que se insiste nessa atribuição. Porque não há outra explicação razoável que se encaixe dentro dos parâmetros da arqueologia?
No princípio do século XIX, um certo coronel e arqueólogo chamado Howard Vyse andou pelo Egipto a fazer descobertas fantásticas: o ataúde do faraó Menkaure dentro da pirâmide que lhe é atribuída, e uma estela com o nome Khufu num compartimento lacrado dentro da Grande Pirâmide. Estava desvendado o enigma da construção que passou a ser verdade absoluta a partir daquela altura.
Mas a verdade é outra: o ataúde do faraó Menkaure era de uma época posterior em cerca de dois mil anos e os ossos da múmia eram já da época cristã; a estela com o nome de Khufu foi também uma falsificação testemunhada por um mestre pedreiro chamado Humphries Brenver, relatada na altura, mas ninguém lhe deu importância.
Como prova final de que Khufu não foi o construtor da Grande Pirâmide, foi descoberta em 1850 uma estela junto das ruínas de um templo de Ísis, mandada escrever pelo próprio Khufu para comemorar a restauração do templo, que diz o seguinte:
“Viva Hórus Mezdau;
Ao rei do Alto e Baixo Egipto
Khufu, é dada vida!
Ele fundou a casa de Ísis,
Dona da Pirâmide
Ao lado da casa da Esfinge.”
Isto significa que a pirâmide já estava lá, pois Ísis era a sua dona. Do mesmo modo também estava a esfinge, portanto, esta não poderia ter sido construída por Kéfren, como normalmente é considerado. Há mais evidências de que tanto as pirâmides de Gizé como a esfinge são bem mais antigas do que os arqueólogos e eruditos consideram, os quais, agarrados a um conservadorismo retrógrado, não admitem que a verdade seja mais simples do que se pensa: as pirâmides e a esfinge foram construídas pelos deuses que em tempos habitaram a Terra. Qual a finalidade?
De acordo com Zecharia Sitchin, nas suas “Crónicas de Terra”, as pirâmides de Gizé eram uma espécie de marcos de orientação para as naves espaciais poderem aterrar. A Grande Pirâmide seria uma espécie de torre de controlo. O local de aterragem seria o deserto de Sinai. No seu livro “As Guerras de Deuses e Homens” conta-nos que, pelo menos, houve três guerras entre os deuses para o controlo das pirâmides e do vasto campo de aterragem que constituía o Sinai. Essa disputa entre os deuses terá acabado com uma tremenda catástrofe, o bombardeamento com armas nucleares de 5 cidades, entre as quais Sodoma e Gomorra. A nuvem atómica ter-se-á estendido até à Mesopotâmia, eliminando toda a vida na região. Nessa altura os deuses foram embora e, ainda de acordo com o mesmo autor, terão deixado a Terra entregue a um deles, Marduk (Rá no Egipto).
Fantasia ou não, é uma teoria mais aceitável do que as outras que se têm tecido acerca da chuva de enxofre que Deus terá mandado fazer cair sobre Sodoma e Gomorra, assim como é também uma teoria aceitável sobre a finalidade das pirâmides. Testemunha eloquente dessa presumível guerra, é o Mar Morto, sob cujas águas se acredita que estejam sepultadas as cidades de Sodoma e Gomorra. As características deste lago salgado, muito rico em minerais mas sem as menores condições para manter algum vestígio de vida, continuam a desafiar as teorias científicas.
É provável que as pirâmides de Gizé tenham sido construídas por Thot, conhecido como o “deus do cordão que mede a Terra”. Thot é o Hermes grego, filho de Ptah, o grande deus egípcio. Senhor de notáveis conhecimentos, era também um grande defensor da paz entre os deuses e entre os homens. Terá substituído Hórus no governo do Egipto logo após a paz conseguida entre os deuses depois da segunda guerra, e terá governado o Egipto entre 8670 e 7100 a. C. É nesta época de paz que se desenvolvem cidades, entre as quais Jericó, cuja antiguidade e vestígios de ter sido um local bem civilizado para a altura, continua a confundir os arqueólogos. A Bíblia refere-se a estes remotos habitantes como anakim (Josué 14:15) ou nefilim, ou ainda elohim. Estes nomes costumam ser traduzidos como “gigantes” e é provável que os deuses tivessem uma compleição física superior à dos homens.
Thot é talvez a figura mais notável de toda a antiguidade. Segundo alguns ele é Hermes, o Hermes Trimegisto do ocultismo, da magia e da Cabala. Era possuidor de imensa sabedoria e foi considerado, tanto na mitologia grega como na egípcia, o secretário dos deuses. Enquanto Hermes era filho de Zeus na Grécia, como Thot era filho de Ptah no Egipto. Tratando-se da mesma personagem, quer dizer que Zeus era Ptah no Egipto e Enki na Mesopotâmia.
A esta divindade tem sido atribuída a revelação ao homem de quase todo o conhecimento intelectual, como a escrita e a aritmética, além da magia. No final do seu reinado no Egipto, terá passado o poder para os semideuses, filhos dos deuses e dos humanos. Por este motivo os faraós consideravam-se de origem divina, filhos de Hórus.
Não se sabe o que fez Thot depois de deixar o governo do Egipto. É provável que, na sua azáfama de instruir o ser humano tenha ido parar à América do Sul e Central e aí tenha ficado conhecido como Viracocha ou Quetzalcoalt. Em ambos os casos as lendas relatam que se tratava de um homem branco que usava barba e tinha um ar autoritário. No entanto, era tido como professor e de ter o poder de transformar montes em vales e dos vales fazer montes, e fazer com que os ribeiros corressem da pedra viva. Em ambos os casos ajudava também as pessoas com necessidades, curava os doentes e, se a sua vida corria perigo, tinha ao seu dispor a “arma do fogo divino’.
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