Alguém um dia disse ou escreveu que o ser humano é o único ser que não está adaptado às condições de vida na Terra. De facto parece ser verdade, pois não existe outro ser que mais sofra com as condições climáticas e regionais. As adaptações que parecem existir são apenas aparentes. Daqui há quem conclua facilmente que o ser humano é um estrangeiro na Terra, que veio para cá de algures, de um outro planeta, de uma outra galáxia.
Os criacionistas dizem que não, que isso é pura imaginação, que o homem e a mulher foram criados pelo próprio Deus em pessoa, como diz a Bíblia, e, se tem dificuldades de adaptação é porque foi criado à parte do resto da criação, justamente para poder dominar toda a natureza criada.
Os evolucionistas acham que se trata de delírios e que o ser humano é apenas fruto da evolução ao longo de milhões de anos.
Julgo existir alguma verdade em todas estas posições.
A dificuldade de adaptação do ser humano aos diferentes climas e diferentes regiões do globo parece indicar que não é daqui, que veio de fora.
Se foi criado por Deus pessoalmente, a Bíblia original ou Tora hebraica, no seu livro “Bereshit/Génesis”, usa o termo “Elohim” para designar o Criador. Ora “Elohim” é plural de “Eloha” (Deus), o que literalmente quer dizer deuses ou divindades. Neste caso, a teoria desenvolvida por Zecharia Sitchin nas suas “Crónicas da Terra” e de acordo com a sua interpretação das tábuas de argila sumérias, está de acordo em absoluto – o homem teria sido criado pelos deuses através de manipulações genéticas, para os servir.
É verdade que o ser humano é o resultado da evolução ao longo de milhões de anos mas, resta saber qual a origem desse ser humano a partir da qual a evolução se processou. Ou seja, houve seres semelhantes ao actual ser humano que apareceram, talvez tenham conhecido algum desenvolvimento, mas desapareceram, para dar lugar a outros mais evoluídos. A falta de elos de ligação entre as várias espécies humanóides pode levar-nos a concluir que houve manipulações e que os saltos quânticos verificados entre uma espécie e outra não podem ser resultado da evolução. Em relação aos espécimes mais antigos, para que o ser humano atingisse o grau actual pela evolução natural, seriam precisos mais alguns milhões de anos.
Há quem afirme que o ser humano é presa de dois fortes sentimentos que o oprimem e que são fortemente explorados pelas religiões; o sentimento de culpa por algo que terá acontecido num passado remoto; a sensação de isolamento em face da imensidão do universo, a sensação estranha de se sentir órfão. A estes dois acrescentaria um terceiro: a saudade de um lugar em que era feliz, a vontade inconsciente de voltar para esse lugar.
Todos estes sentimentos têm sido objecto de exploração tanto a nível religioso, como também em termos de tradição e esoterismo. O homem é culpado de algo que alguém fez por ele num passado remoto ou, ele próprio o fez numa encarnação distante e por isso está condenado a viver neste “vale de lágrimas” tentando liquidar essa dívida e elevar-se para poder voltar à situação idílica anterior.
Apesar de todas as teorias desenvolvidas até hoje tentando explicar a origem do ser humano, o que é facto é que ninguém sabe ao certo qual é essa origem. Foi a pensar nisto que topei com um e-mail (pps) que me enviaram acerca dos “Exilados de Capela”.
Quando tomei conhecimento deste assunto, ou desta teoria, há uma boa porção de anos, não lhe prestei muita atenção e, praticamente a rejeitei. Porque não aceitava que alguém, ou um grupo, por muito evoluído que fosse, pudesse dispor da vida dos outros e decidir desterrá-los fosse lá para onde fosse, pela simples razão de não se encontrarem no mesmo patamar de evolução. Via também certos cambiantes nazis de exclusão de raças, o que não me agradou em absoluto.
Continuo a pensar da mesma forma mas, desta vez, resolvi investigar melhor o assunto. Porque nenhuma ideia deve ser descartada à priori e, por muito que desagrade, até pode ser verdade.
“Os Exilados de Capela” é um tema caro a algumas correntes espíritas. Trata-se de um livro escrito por Edgard Armond (1894-1982), brasileiro, militar, membro de uma loja maçónica que abandonou para aderir ao espiritismo. Conviveu com Xico Xavier no tempo em que este ainda era jovem. Escreveu várias obras espíritas, entre as quais a que ficou mais famosa foi esta sobre “Os Exilados de Capela”.
O tema é novo, não faz parte da tradição, pois não se conhece nenhuma menção do passado referindo que o ser humano fosse oriundo de um planeta distante e que tivesse vindo para a Terra expulso da sua pátria natal. Mais recentemente foi reconfirmado em escritos de Xico Xavier, recebidos de uma entidade chamada Emmanuel.
A obra procura explicar a origem do ser humano em colonizações feitas por seres expulsos de Capela, ou melhor, de uma “orbe” (planeta) do sistema planetário de Capela, uma vez que esta é uma estrela da constelação de Cocheiro, várias vezes maior que o nosso Sol. Essa “orbe” teria atingido um altíssimo grau de desenvolvimento e evolução pelo que, os seres superiores que constituíam grande parte da população decidiram exilar os menos evoluídos, os inadaptados da sociedade, os criminosos de vária natureza, os viciados, os ainda muito dependentes do estado físico e de coisas materiais, para um planeta distante, a nossa Terra.
Essa transferência teria sido feita em forma de espírito de modo a poderem reencarnar na Terra e aqui trabalhar para o desenvolvimento do planeta e para a sua própria evolução. Acontece porém que estes espíritos vinham de um planeta extremamente desenvolvido e encontraram a Terra ainda nos seus primórdios, em que o ser mais parecido com o homem não passava de um hominídeo que já caminhava sobre os dois pés. Era nesta espécie pré-humana que eles teriam que reencarnar – um castigo severo para quem não se tinha comportado muito bem no seu planeta de origem.
Como após a reencarnação a memória do passado e de outras encarnações desaparece, foram enviados para a Terra em diversos períodos, seres de uma casta superior, denominados mentores ou “veladores”, para ajudar as pobres criaturas reencarnadas em corpos grosseiros na sua caminhada sobre a Terra. Estes “veladores” teriam vindo provavelmente em naves e, como eram muito superiores a qualquer criatura terrestre, foram chamados de deuses.
O primeiro continente a ser colonizado por estes seres vindos do espaço teria sido a Lemúria.
3 comentários:
Caro Senhor
Sou madeirense, e hoje meio por acaso descobri o seu blog, achei-o verdadeiramente fascinante, muitos parabens, pela cultura,forma de escrita e sobretudo pelo grande sentido da realidade. Bem Haja
Dalila Gomes
eu acredito neste teoria, e tem alguma evidencia disso também nas pessoas alemã, pois grandes invenções veio deste pais, portanto também podem ser exilados da capela.
a unica coisa que é curioso, é que se quisermos parar na caminhada é impossível, pois seremos cutucados pelos acontecimentos físicos ou espirituais para avançar sempre.
outra pessoa que pode também ter sido um exilado da capela foi o Nikolas Tesla, pois ele tinha uma bondade e conhecimentos muito elevados, embora sem muita espiritualidade pelo que já li, e outro caso curioso é que ele tinha o TOC (transtorno obssessivo compulsivo) de lavar as mãos, não tocar as pessoas principalmente nos cabelos e nojo de perolas, portanto tem fortes caracteristicas para ser um exilado da capela.
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