quarta-feira, 25 de abril de 2007

No Reino dos Equívocos

Para todos os que estão ao par da palhaçada que se tem passado nos últimos dias com o Portugalclub, eis mais um texto que escrevi há dois dias, 23 de Abril de 2007, e que o Sr. Casimiro Rodrigues resolveu não divulgar.
Este é mais um dos muitos que não foi divulgado, embora o Sr. Casimiro Rodrigues minta dizendo que publica tudo quanto recebe.





NO REINO DOS EQUÍVOCOS
Por: Manuel O. Pina
De repente, domingo à tarde, recebe-se uma mensagem informando o fim do Portugalclub. Dizia que o Portugalclub tinha perdido a razão de existir. Depois informava algumas razões de tão dramática acção. Acusava o Procurador Geral da República de que não encontrava indícios da farsa do diploma do Sócrates e das negociações entre Sócrates e a Uni. Que o Partido Socialista, apelidado de "Largo dos Ratos" negociava a venda de Portugal à Espanha. Que o Presidente da República, Cavaco Silva era só sorrisos e ninguém entendia a sua felicidade. Acrescentava ainda que não valia a pena manter os cidadãos informados, que não valia a pena toda a recolha de informação e divulgação para esclarecer a verdade.
Primeiro equívoco: pelo que li na Estatuto do Portugalclub, não se consegue ver onde é que perdeu a razão de existir. Se o Portugalclub foi criado para manter os cidadãos portugueses informados, vivam eles onde viverem, não se vê como é que as razões apontadas podem justificar a sua não existência.
Segundo equívoco: O Portugalclub é um órgão de comunicação e divulgação de informações. Está no mesmo patamar que um jornal, uma rádio ou um canal de televisão. Os órgãos de informação não têm poder político para forçar qualquer acção política. A única coisa que podem fazer é denunciar as situações que lhe parecem irregulares, nada mais do que isso. Um órgão de informação procura esclarecer a verdade, mas não é dono da verdade.
Depois, na segunda-feira recebe-se outra mensagem dizendo que afinal o Portugalclub não acabou pelos motivos expostos, suponho que se referia à primeira mensagem. Diz que não foi por causa do Sr. Potêncio (?) nem do Sr. Gabriel (?). Os pontos de interrogação querem dizer que estes senhores não foram referidos na primeira mensagem. Afinal parece que foi por culpa de várias personalidades oficiais, no caso o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Que instituíu um concurso denominado "Talentos 2006", mas cujo resultado não saiu até agora, porquê? Porque de acordo com um INFORMADOR dentro da SECP o Sr Casimiro Rodrigues teria ganho por 147 indicações em 167 possíveis. Não se percebe como é que 12 jurados seleccionam 12 vitoriosos e o resultado é aquele. Trata-se da multiplicação dos pães e dos peixes? Depois diz que a eleição do extinto CCP era para ser no último domingo de Março. Se o CCP foi extinto, como é que há eleição? Refere ainda o ÚLTIMO, que não se sabe quem é, que se pavoneia com dr. e eng. falsos e não vai ser preso. Termina de forma bombástica decretando luto pesado no dia 25 de triste lembrança.
Terceiro equívoco: Nesta segunda mensagem continua a pretensão de forçar soluções, como no caso do CCP ou de se prender um senhor chamado ÚLTIMO. A função de um órgão de comunicação ou informação não é essa.
Quarto equívoco: Parece que, afinal, os interesses pessoais do Sr. Casimiro Rodrigues se sobrepôem à função para que o Portugalclub foi criado. Como aparentemente a sua eleição não terá sido aceite pelo SECP, de acordo com um determinado INFORMADOR, então a solução é encerrar o Portugalclub.

Comentários finais: O Sr. Casimiro Rodrigues, que aparentemente é o dono do Portugalclub, tem todo o direito de o fechar se assim o entender. É um mau serviço que presta aos cidadãos portugueses espalhados pelo mundo, os quais viam no Portugalclub um meio de se manifestarem publicamente. O Portugalclub, que diz no seu Estatuto ser apartidário, pelo que eu vi ao longo do tempo em que nele participei, nunca foi apartidário. Defendeu sempre o Estado Novo, o Salazar, e foi sempre contra os partidos legalmente instituídos na actual democracia portuguesa. O próprio Presidente, o Sr. Casimiro Rodrigues, manifestou-se sempre de uma forma reaccionária, retrógrada e antidemocrática. Basta ver a parte final da sua segunda mensagem, ao pretender decretar luto pesado no dia 25 de Abril, que eu acho, sinceramente, uma vergonha e um anátema contra a nação portuguesa, cuja esmagadora maioria não comunga das suas ideias. É absolutamente inaceitável que o presidente de um órgão de comunicação e informação como é o Portugalclub, saia com uma proposta destas. Se era para continuar assim, com propostas desta natureza, então é melhor que acabe e feche. Ele gostaria muito que fosse o governo a mandar fechar o Portal devido ao teor da informação que por ele circula, aos insultos e às difamações. Mas não, o governo é um governo democrático e não age como antigamente, deixa os parvos serem parvos à vontade pois no final, são eles mesmo que vão ter que lidar com a própria parvoíce.
Acreditei que a minha participação pudesse trazer algum equilíbrio ao que circulava e era divulgado no Portugalclub. Engano meu, não vale a pena lutar contra moínhos de vento. Nunca pertenci nem pertenço a nenhum partido político, mas tenho da democracia a noção de que é o sistema que melhor pode servir os povos na nossa actual civilização, embora não seja um sistema perfeito e continue eivado de defeitos graves. É, quando muito, o sistema menos mau. Os problemas porque o país atravessa têm que ser solucionados dentro da democracia e não fora dela. A função de um órgao de informação ou comunicação, ainda que seja via Internet, é o de denunciar problemas e situações e propondo soluções exequíveis, e não aquelas que o delírio de alguns tem aqui apresentado.
Cumprimentos
Manuel O. Pina

sábado, 21 de abril de 2007

MISTÉRIOS

I – O Caminho de Santiago



Já todos, geralmente, ouvimos valar do Caminho de Santiago, que se tornou ainda mais conhecido do grande público depois da publicação da obra de Paulo Coelho “O Diário de um Mago”. Muitos já fizeram o Caminho, uns a pé, que é como deve ser feito, outros de bicicleta, alguns de motocicleta e, os que não dispensaram a menor comodidade fizeram-no de carro. O uso dos vários meios de transporte significa apenas que as pessoas não têm a menor noção, ou têm um noção adulterada pelos valores actuais, do significado do Caminho e do que ele pode acrescentar às suas vidas perdidas no mundo do consumismo actual. Houve até uma famosa actriz americana que fez o Caminho a pé mas, seguida de perto por um pequeno autocarro provido de todas as comodidades, banho quente, cama relaxante e mesmo um massagista particular. Ao fim de cada jornada recolhia-se ao autocarro, banhava-se, relaxava e o massagista encarregava-se de a aliviar de todas as dores e de a preparar para o próximo dia de caminhada.



Não sei quantas vezes, ao longo dos anos, fui a Santiago. Foram tantas que lhes perdi a conta. Mas nunca fiz o Caminho, nem a pé nem de outra maneira qualquer. Conheço parte do Caminho por ter lá passado de carro, mas nunca o fiz verdadeiramente. Nunca senti necessidade de o fazer.



Hoje o Caminho está demasiadamente vulgarizado e transformou-se, praticamente, numa atracção turística. Quem visita hoje a Catedral de Santiago de Compostela vê apenas turistas, raramente consegue encontrar um peregrino, alguém que tenha caminhado penosamente ao longo dos dias e tenha chegado, finalmente, ao seu destino final, coberto de poeira, os pés inchados e feridos, uma luz diferente no olhar. Mas vamos à história do Caminho e dos seus mistérios, que é esse o tema desta crónica.



Segundo a lenda divulgada acerca do Caminho, São Tiago o Maior, discípulo de Jesus, teria vindo para a Península Ibérica em missão de evangelização. Devido ao seu carácter irascível tinha dificuldade em arregimentar seguidores, por isso andava apenas acompanhado por poucos discípulos e por um cão. Enquanto caminhava pregando a nova religião entre os gentios, apoiava-se num cajado. Não se sabe bem como, terá morrido algures e o seu corpo aparecido numa das numerosas rias próximas de Compostela, coberto de vieiras. O seu corpo teria sido transportado para o alto de um monte próximo e ali sido enterrado. Esta é a lenda que justifica para a Igreja a existência do Caminho mas, para além da lenda esconde-se a verdadeira história.



Primeiro que tudo, São Tiago o Maior nunca esteve na Península Ibérica e, muito menos na Galiza. Nunca saiu de Jerusalém, onde acabou por ser decapitado. O corpo que terá aparecido na ria coberto de vieiras não era o dele. Confrontados com este facto, logo os promotores da lenda, para reforçarem a ideia de que se tratava mesmo do corpo de São Tiago, inventaram uma história fantasiosa, Segundo eles, depois da morte de São Tiago em Jerusalém, o seu corpo teria sido colocado numa barca que, à deriva através de Mediterrâneo e do Atlântico, teria ido encalhar naquela ria. Ninguém explica onde estava a barca quando encontraram o corpo, nem como é que o corpo tinha saído da barca. É claro que esta história é uma fantasia, pois ninguém acredita, mesmo por milagre, que uma barca colocada na água na costa da antiga Palestina pudesse, à deriva, ir parar à Galiza.



Mas se não era o corpo dele que apareceu naquela ria, de quem era? E havia mesmo um corpo, que foi encontrado coberto de vieiras?



No século IV surgiu um movimento gnóstico cristão que marcou de forma indelével a religiosidade dos povos da Galiza e da Lusitânia. A este movimento chamou-se “priscilianismo. Este movimento está na base do cristianismo português que mais tarde os Templários, a Ordem de Cister, a rainha Stª Isabel, os frades franciscanos e a Ordem de Cristo modelaram.



Aquele que deu o nome ao movimento, Prisciliano, era um galego rico, instruído e de estirpe nobre. Aparentemente viajou pelo Egipto e pela Síria onde se terá iniciado nas doutrinas gnósticas. Ao chegar ao território que mais tarde veio a ser Portugal, encontrou já um grupo de gnósticos liderado por um Mestre Marcos. O priscilianismo, logo catalogado de heresia pela Igreja de Roma, teve forte implantação no território e durou até à fundação de Portugal.



O priscilianismo era uma Confraria formada por uma elite muito culta e que, paradoxalmente, teve também forte adesão popular. Praticavam o ideal da fraternidade humana, tinham reuniões nocturnas e secretas e o seu ensinamento era iniciático, razão pela qual o voto de silêncio era total. A Confraria era formada por homens e mulheres, estando estas em total igualdade com aqueles, tendo muitas um papel activo nas liturgias, como era norma entre os movimentos gnósticos. Defendiam o livre exame e a investigação individual das escrituras e adoptaram muitos dos Evangelhos apócrifos.



Este movimento foi considerado herético pela Igreja de Roma, que não podia permitir que a sua doutrina prosperasse, pois já suscitara a atenção de gente tão importante como Sto. Agostinho. Prisciliano acabou por ser assassinado legalmente pela Igreja de Roma, em nome de Deus e do cristianismo.



Todos sabemos como é que a Igreja combateu o que considerava serem heresias. Na altura do priscilianismo a Inquisição ainda não fora criada, mas esta não fez mais do que aplicar, de forma sistemática, os processos que a Igreja sempre seguiu. E não haja ilusões, se hoje mantivesse o poder temporal que teve durante séculos, os processos seriam os mesmos. Apesar da mudança de discurso, a fim de manter o rebanho de fiéis a todo o custo, a Igreja mantém-se, em essência, igual ao que sempre foi, extremamente conservadora e dogmática. Como exemplo temos o último Papa, João Paulo II, uma figura de um conservadorismo militante. O actual Papa, Bento XVI, era o chefe da tristemente célebre Inquisição, hoje com o nome alterado para Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. E se ainda subsistirem dúvidas sobre a postura da Igreja do nosso tempo, basta dizer que, em pleno século XX foi elevado à santidade o cruel inquisidor de Saragoça, Pedro Arbués, assassinado pelos cidadãos daquela cidade de Aragão, numa das poucas rebeliões contra o poder discricionário da Inquisição na Espanha dos reis católicos, Isabel e Fernando.



Portanto, Prisciliano foi assassinado pela Igreja e terá sido o seu corpo que apareceu próximo de Compostela, coberto de vieiras. Mas era preciso ocultar aquela dramática ocorrência. Isto ficou a cargo, entre outros, dos frades de Cluny, principais responsáveis pela cristianização do Caminho, construindo inúmeras igrejas e capelas ao longo da sua rota. Foram eles que inventaram a lenda de Santiago, tal como é contada dentro do cristianismo.



À semelhança do que, mais tarde, os muçulmanos fizeram, a Igreja criou três lugares sagrados de peregrinação. Os muçulmanos têm Meca, Medina e Jerusalém como destinos sagrados dos seus peregrinos. A Igreja tinha, e ainda tem, Santiago, Roma e Jerusalém. No entanto, há algo muito importante que diferencia Santiago dos outros dois: o Caminho já existia antes da chegada do cristianismo. Mas antes de falarmos na antiguidade do Caminho, vamos contemplar um pouco mais a lenda cristã de Santiago de Compostela.



Quando se diz que São Tiago era acompanhado por um cão e por uns poucos discípulos, dando o seu carácter irascível como justificação para tão poucos seguidores, na verdade trata-se da adaptação de uma questão astronómica. O Caminho tradicional faz-se de oriente para ocidente, mais ou menos ao longo do paralelo 42 do Hemisfério Norte. Os caminhantes tinham sobre si o esplendor da Via Láctea, pelo que também se chama ao Caminho, o Caminho das Estrelas. Como guia e referência no horizonte tinham a Constelação de Cão Maior, na qual resplandece a estrela mais brilhante do nosso firmamento, Sírius.



Sírius é uma estrela com profundas referências esotéricas e místicas. Era especialmente venerada no Egipto antigo. Nada melhor do que aproveitar essa antiga tradição e transformá-la na lenda de Santiago. Assim, o cão que o acompanhava não era mais do que a Constelação de Cão Maior, e os poucos discípulos, as poucas estrelas que compõem, juntamente com Sírius, essa Constelação, três a cinco, consoante as fontes.



Isto tudo não quer dizer que o Caminho de Santiago seja apenas uma mistificação, uma lenda inventada pela Igreja para atrair os peregrinos. Sendo o Caminho bem mais antigo do que a existência da própria Igreja, esta, de certa forma e apesar das adaptações, herdou muito do misticismo e esoterismo que fazem o Caminho ser tão especial.



Inicialmente o Caminho era uma via puramente iniciática. Ali, o viajante se encontrava absolutamente só em todos os aspectos: só perante a imensidão do universo, com a Via Láctea pejada de estrelas sobre a sua cabeça; só perante os obstáculos que tinha de ultrapassar e os perigos que tinha de enfrentar; só em contacto com a natureza e os seres dessa mesma natureza; só perante o grande mistério da Criação; só, completamente só, perante a sua própria consciência. Afinal, o grande aprendizado do Caminho era o de que o homem, só por si e contando apenas com os seus recursos, era capaz de superar qualquer obstáculo e enfrentar qualquer desafio. Mas o mais importante era o de que, estando completamente só, se sentia, como que por magia, uno com tudo ao seu redor, uma incrível sensação de fazer parte do todo.



Fosse pelo tremendo sacrifício de caminhar centenas de quilómetros, ou pela sensação, por um lado esmagadora, por outro altamente vitalizante, de se encontrar só e ser uno com tudo, havia realmente uma ampliação da consciência. Ao fim de cada jornada diária processavam-se mudanças interiores imperceptíveis que, no final da grande caminhada, no lugar em que a terra terminava, o ser aí chegado não era o mesmo que tinha iniciado a viagem nas alturas dos Pirinéus. Nenhuma experiência era igual a outra, nenhum caminhante experimentava as mesmas coisas, cada um era a sua própria história, diferente de todas as outras, mas no final, a sensação de se ter superado a si próprio era semelhante.



Primordialmente o Caminho aponta-nos outros motivos que podem preencher o nosso imaginário e levar-nos a cenas de uma grande antiguidade. As lendas não são puras criações humanas, baseadas apenas na imaginação. Elas assentam em factos acontecidos e depois, transmitidas oralmente de geração em geração, ao longo de milénios, acabam por perder a sua verdade original, transformando-se em mitos que consideramos, geralmente, frutos da imaginação humana. Segundo a lenda mais arcaica, O Caminho existe há mais de doze mil anos. Era percorrido por caminhantes que iam em busca de conhecimento, que lhes era transmitido por seres vindos de além Atlântico, e que eles consideravam deuses. Esta lenda está patente em muitas tradições ancestrais. No antigo Egipto aquele ocidente remoto era a terra de “Amenti”, para a qual viajavam os mortos para se reunirem aos seus antepassados.



Esses seres vindos de além Atlântico não podiam ser outros do que os sobreviventes da antiga Atlântida. Teriam ensinado àqueles que os procuravam, vários rudimentos civilizacionais e ideias sobre as relações com as forças divinas. Digo forças divinas porque na antiga Atlântida não havia o conceito de Deus como é hoje considerado, o qual pode ser uma deturpação desses antigos ensinamentos.



Várias histórias compõem esta lenda antiga, como por exemplo, a cidade de Noya teria sido o lugar onde Noé desembarcou da sua arca.



Inúmeros sinais gravados em pedra e encontrados ao longo de toda a costa galega têm desafiado as eras e as tentativas de decifração. São sinais com mensagens herméticas que o caminhante deve procurar entender. Dentre todos há dois grupos de sinais que requerem uma atenção especial: sinais de morte e ressurreição, significando que o caminhante terá que morrer simbolicamente para ressuscitar numa nova vida; sinais de identificação dos opostos, a partir dos quais se terão constituído outras lendas, como a de Castor e Polux, Caim e Abel, Rómulo e Remo, etc., numa chamada de atenção de que somente por uma percepção incorrecta os mesmos poderiam ser contrários e distintos.



De acordo com Juan G. Atienza, no seu livro “La Ruta Sagrada”, as transformações que o Caminho nos apresenta podem resumir-se na seguinte estrutura:



“a) – O Caminho constitui um itinerário sagrado em direcção a mitos que nos dão conta de um arcaico centro do mundo, onde se encontravam supostamente implantadas chaves fundamentais do conhecimento transcendente.



b) – O Caminho foi concebido como uma via dolorosa que servirá em primeira instância para reforçar a vontade de saber do peregrino, pondo à prova a sua capacidade de superar os sofrimentos e propiciando a sua vitória sobre os seus próprios condicionamentos físicos, mentais e espirituais.”



O Caminho é assim, mau grado a exploração comercial e turística da actualidade, uma via de expiação e iniciação. Transformado numa via dolorosa cristã, não perdeu contudo o seu objectivo primordial iniciático, o de abrir portas insuspeitas para todo aquele que busca as chaves de um conhecimento ancestral, talvez legado pelos deuses vindos de além-mar, de uma terra também mítica chamada Atlântida.



(Escrito in memoriam de António Fonseca Matos, aos 13 de Abril de 2007)